Santa Teresa Benedita da Cruz
Atualizado: 10 de ago. de 2022
Santa Edith tinha com nome de batismo Edith Theresa Hedwing Stein, por isso também é conhecida como Santa Edith Stein. Ela era judia de nascimento e de tradição familiar. Nasceu em Breslau, Alemanha, em 12 de Outubro de 1891 e faleceu no campo de concentração de Auschwitz, no dia 9 de Agosto de 1942. Edith Stein é reconhecida mundialmente como uma importante filósofa e teóloga cristã católica alemã. Formada em psicologia, ela foi também a primeira mulher que ousou defender uma tese de Filosofia na Alemanha! Foi discípula de Edmund Husserl, o fundador de uma importante corrente da psicologia chamada fenomenologia. Depois, ela se tornou assistente de seu mestre.
Edith foi a caçula de onze irmãos. Seus pais, Siegfried e Augusta Courant Stein, eram judeus. Estes insistiam com Edith para que ela assumisse a fé hebraica. Santa Edith, porém, dizia-se ateia até a adolescência. Ainda assim, ela acompanhava sua mãe nas celebrações da sinagoga. Mas fazia isso mais por não querer desagradar sua mãe do que por convicção própria. Por isso, na sinagoga, ela passava a maior parte do tempo se distraindo e observando o movimento das pessoas que entravam e saiam.
O encontro de Santa Edith com a fé católica
Por volta de seus 30 anos, Santa Edith Stein foi passar férias na casa de uns amigos na região da Baviera. Era o outono do ano 1921. Nessa ocasião, um livro caiu em suas mãos: a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, cujo título era “Livro da Vida”. Santa Edith começou a ler por curiosidade, gostando da redação de Santa Tereza. Logo, porém, ficou tão fascinada pelo conteúdo que passou toda a noite lendo até terminá-lo ao amanhecer. Depois dessa experiência, Edith afirmou: “Aqui está a verdade!”.
Busca de conhecimento
Convicta de que tinha encontrado a verdade que tanto procurava, Edith comprou um Catecismo da Igreja Católica, um Missal e estudou esses dois livros. Depois, pela primeira vez, ela entrou numa Igreja Católica e participou de uma Missa. Como já tinha estudado, compreendeu perfeitamente os ritos, as orações e sentiu que realmente, encontrara a verdade de Jesus Cristo.
Batismo de Santa Edith
Então, resolveu se preparar para receber o Batismo. Edith passou pela preparação para o Batismo e depois foi batizada. Ela tinha, então, 31 anos e foi batizada no dia 1 de Janeiro de 1922.
Dificuldades com a família e descoberta da vocação
A família de Edith, como era natural, ficou profundamente desgostosa com a decisão da filha e cortou relações com ela durante um bom tempo. Santa Edith, porém, permaneceu firme em sua fé. Nesse tempo, dedicando-se à leitura, à oração e ao discernimento, foi amadurecendo em seu espírito a vocação para vida religiosa. Assim, em setembro de 1933, quando tinha 42 anos, Edith comunicou à mãe sua decisão de entrar para a vida religiosa na Ordem das Carmelitas Descalças.
Santa Edith Carmelita
Em 15 de Outubro de 1933, Santa Edith Stein entrou para o Carmelo da cidade de Colônia, na Alemanha. Nessa ocasião, assumiu o nome de Teresa Benedita da Cruz. Suas superioras lhe deram uma licença especial para que ela pudesse escrever toda semana para sua mãe. Ela escreveu durante muito tempo, sem obter nenhuma resposta da mãe. Somente depois de muito tempo, ela recebeu um bilhete de sua mãe.
Prisioneira número 44070
Por causa da perseguição nazista contra os judeus, Santa Edith foi com sua irmã Rose para um convento carmelita na Holanda. Mais tarde, porém, a Holanda foi invadida pelos nazistas e, Edith acabou sendo descoberta e presa com sua irmã. Ela saiu do convento usando o hábito das carmelitas e continuou a usá-lo no campo de concentração de Auschwitz. Lá, Santa Edith ofereceu sua vida, como ela disse várias vezes, pela conversão do seu povo, os hebreus, ao Catolicismo . O número de prisioneira de Santa Edith Stein era 44070.
Devoção a Santa Edith ou Santa Tereza da Cruz
Santa Edith foi morta na câmara de gás de Auschwitz em 1942, quando tinha 52 anos.
Por causa de seu heroísmo cristão, ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 1 de Maio de 1987, na cidade de Colônia. No dia 11 de Outubro de 1998, ela foi canonizada também por João Paulo II passando a ser chamada pelo nome que ela escolheu para sua vida religiosa: Santa Teresa Benedita da Cruz, ou somente Santa Teresa da Cruz.
Em 1 de Outubro de 1999, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, ao lado de Santa Brígida da Suécia e de Santa Catarina de Sena, como “co-padroeira” da Europa. Isso aconteceu pela particular e importante contribuição cristã que ela deixou não só para a Igreja, mas também e especialmente à sociedade europeia, por meio de seu pensamento filosófico. A festa litúrgica de Santa Edith ou Santa Tereza da Cruz, acontece no dia 9 de Agosto.
Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!
MARTIROLÓGIO ROMANO
09/08
1. Santa Teresa Benedita da Cruz (Edite Stein), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças e mártir, que, nascida e educada na religião judaica, depois de ter ensinado filosofia durante alguns anos entre numerosas tribulações, recebeu no Baptismo uma vida nova em Cristo, prosseguindo-a sob o véu das virgens consagradas, até que, sob um nefasto regime hostil à dignidade humana e cristã, foi exilada e encarcerada no campo de concentração de Auschwitz, próximo de Cracóvia, na Polónia, onde foi morta numa câmara de gás.
(† 1942)
2. Em Roma, no cemitério de São Lourenço, junto à Via Tiburtina, São Romão, mártir.
(† c. 258)
3*. No mosteiro de Achonry, na Irlanda, São Nateu, bispo e abade.
(† s. VI)
4*. Em Kilmore, também na Irlanda, São Fedlimino, bispo.
(† c. s. VI)
5. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, a comemoração dos santos mártires, que, segundo a tradição, foram mortos por ter defendido uma antiga imagem do Salvador colocada na Porta de Bronze, que o imperador Leão o Isáurico mandara destruir.
(† c. 729)
6*. Em Palena, na Calábria, atualmente nos Abruzos, região das Itália, o Beato Falco, eremita.
(† s. X/XI)
7*. Em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, também região da Itália, o Beato João de Salerno, presbítero da Ordem dos Pregadores, que fundou o convento de Santa Maria Novella e lutou corajosamente contra os hereges patarinos.
(† c. 1242)
8*. No monte de Verna, também na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato João de Fermo, presbítero da Ordem dos Menores, que viveu na solidão, mortificando o corpo com jejuns e um admirável espírito de penitência.
(† 1322)
9*. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Ricardo Bere, presbítero e mártir, que, por ter permanecido fiel ao Romano Pontífice e defendido o matrimónio cristão, por ordem do rei Henrique VIII, morreu por ter permanecido fiel ao Romano Pontífice e defendido o matrimónio cristão, juntamente com os seus confrades da Cartuxa desta cidade, extenuado pelas inumanas condições do cárcere suportadas durante muito tempo e pela fome.
(† 1537)
10*. Num sórdido barco-prisão, ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cláudio Richard, presbítero da Ordem de São Bento e mártir, que, durante a Revolução Francesa, por ser sacerdote, foi arrebatado do mosteiro de Moyen-Moutier e encarcerado na galera, onde morreu contagiado pela enfermidade dos seus companheiros de prisão a quem prestava assistência.
(† 1794)
11*. Em Salamanca, na Espanha, Santa Cândida Maria de Jesus (Joana Josefa Cipítria), virgem, que fundou a Congregação das Filhas de Jesus, para colaborar na obra da educação cristã das crianças.
(† 1912)
12♦. Em Molokai, ilha do arquipélago do Hawai, Santa Mariana Cope de Molokai (Bárbara Kobb), virgem das Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco de Siracusa, que se dedicou com extraordinária generosidade ao serviço dos leprosos, aliando o cuidado físico à instrução e conforto espiritual.
(† 1918)
13*. Em Barbastro, na Espanha, o Beato Florentino Asêncio Barroso, bispo e mártir, que, fuzilado pelos milicianos durante a violenta perseguição contra a Igreja, com o seu sangue deu testemunho da fé que incessantemente pregava ao povo que lhe foi confiado.
(† 1936)
14*. Em Barcelona, também na Espanha, os beatos Rúben de Jesus (Rúben López Aguilar) e seis companheiros[1], religiosos da Ordem de São João de Deus e mártires, que, na mesma perseguição, assassinados em ódio à vida religiosa, foram ao encontro do Senhor.
[1] Os seus nomes são: Artur (Luís Ayala Niño), João Baptista (José Velásquez Peláez), Eugénio Afonso (António Ramírez Salazar), Estêvão (Gabriel Maya Gutiérrez), Melquíades (Raimundo Ramírez Zuluaga), Gaspar (Luís Modesto Páez Perdono).
(† 1936)
15*. Em Azanuy, localidade da província de Huesca, também na Espanha, os beatos Faustino Oteiza Segura, presbítero, e Florentino Filipe Naya, religiosos da Ordem dos Clérigos Regrantes das Escolas Pias e mártires, que, na mesma perseguição, morreram por Cristo.
(† 1936)
16*. Em Argés, localidade próxima de Toledo, também na Espanha, o Beato Guilherme Plaza Hernández, presbítero da Irmandade dos Sacerdotes Operários e mártir, que foi morto no mesmo dia e no mesmo combate.
(† 1936)
17*. Em Carcaixent, localidade próxima de Valência, também na Espanha, o Beato Germano Maria (José Maria Garrigues Hernández), presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na violenta perseguição contra a fé cristã, venceu os suplícios corporais com a sua preciosa morte.
(† 1936)
18♦. Em Villa de Don Fradique, perto de Toledo, também na Espanha, o Beato Francisco López-Gasco Fernández Largo, presbítero da diocese de Toledo e mártir, assassinado em ódio ao sacerdócio.
(† 1936)
19♦. Em Madrid, também na Espanha, o Beato José Maria Celaya Badiola, religioso da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição, derramou o seu sangue por Cristo.
(† 1936)
20♦. Em Barcelona, também na Espanha, o Beato Lourenço Gabriel (José Figueras Rey), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir, que, na mesma perseguição, acolhendo fielmente as palavras de Cristo, passou da morte à vida gloriosa.
(† 1936)
21♦. Em Brandeburgo, na Alemanha, o Beato Francisco Jägerstätter, mártir, assassinado durante a opressão de um regime hostil à religião e à dignidade humana.
(† 1943)