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Foto do escritorSérgio Fadul / Paullus

Santa Joana Francisca de Chantal


Filha de Benigno Frémiot, presidente do parlamento de Borgonha e de Margarida de Berbizy, nasceu em Dijon a 28 de janeiro de 1572. No batismo recebeu o nome de Joana, ao qual acrescentou o de Francisca, por ocasião de sua confirmação. Teve esmerada educação. Recusou desposar um fidalgo rico, por ser ele calvinista, mas aceitou casar-se com o barão de Chantal.


Conduzida ao castelo de Bourbilly, após o casamento, a primeira ordem que deu foi a de diariamente haver missa, e de a ela assistirem todos os domésticos; por isso ocupou-se da instrução religiosa deles; ocupou-os com discrição, e os ajudou em suas necessidades com grande caridade.


Nas festas e nos domingos participava da missa na paróquia. Quando o marido se ausentava, não saía de casa, nem havia diversões no castelo. Quando ele voltava, a alegria de o rever, o amor que por ele tinha, a vontade de lhe falar e de se regozijar, atraíam outras pessoas à sua casa; tudo isso lhe fazia diminuir insensivelmente as práticas de devoção, que retomava, na primeira ausência; enfim, no ano de 1601, seu marido foi à corte, e ela resolveu firmemente jamais se dispensar de seus exercícios de piedade.


O barão de Chantal caiu doente em Paris e fez-se levar ao castelo aonde chegou nas últimas. A virtuosa esposa passava os dias à cabeceira de seu leito e às noites na capela. Ficou curado, mas logo depois foi ferido acidentalmente, numa caçada, por um amigo e parente, em consequência do que veio a falecer, e santamente.


Ficou viúva, aos 28 anos, com um filho e três filhas. Sofreu muito, mas soube fazê-lo cristãmente. Fez voto de castidade e levou vida de profundíssima caridade, vivendo retirada do mundo e dividindo o tempo entre a oração, o trabalho e a educação dos filhos.


Em 1604, em casa de seu pai, conheceu são Francisco de Sales, bispo de Genebra. Descobriu nele o homem talhado para seu diretor espiritual. A partir daí uma profunda amizade une a ambos. O fruto espiritual dessa amizade será a Congregação da Visitação de Santa Maria, que a baronesa de Chantal fundará juntamente com Jacqueline Fabre e a senhorita Brechard.


Nove anos se tinham passado da morte do marido; os filhos tinham crescido e amadurecido. Casou sua filha mais velha com o barão de Thorens, a outra faleceu pouco depois, e a terceira desposou o conde de Toulonjon. O jovem barão de Chantal tinha 15 anos e foi entregue ao avô materno, que cuidaria de sua educação e de seus bens. A presença da mãe não lhes era mais necessária. Podia sossegada entrar no convento. É uma das páginas mais comoventes a descrição da despedida de Joana Francisca dos seus. Mas brilha nela todo o vigor cristão do amor a Deus acima de tudo e do amor ao próximo por amor a Deus.


A Ordem da Visitação começou em Annecy, sob a orientação do bispo de Genebra, e foi se desenvolvendo. Madre Chantal foi obrigada a deixar muitas vezes Annecy para fundar casas em diversas outras cidades, não sem muitas dificuldades e sofrimentos, e até perseguições, como em Paris.


Joana Francisca Fromiot de Chantal, de 1617 a 1627 foi muito provada pela morte de seus entes queridos: primeiro um genro, depois a filha, a seguir o pai espiritual, o bispo de Genebra, e depois, na luta contra os huguenotes, seu filho, a cuja morte, seguiu-se quatro anos depois, a da nora e a do genro.


Sucediam-se as fundações. A 4 de outubro de 1641 chegava a Paris, a pedido da rainha Ana da Áustria, que a honrou com sua confiança; partiu a 11 de novembro, atônita com a estima e com os aplausos de que se via objeto. Voltando a Moulins, teve febre e morreu santamente a 13 de dezembro, depois de rude agonia, pronunciando o nome de Jesus. Antes de receber o Viático, ditou a seu confessor as últimas recomendações às suas religiosas.


Santa Joana Francisca de Chantal, rogai por nós!



Extraído do livro: Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Clará (Barcelona 1882) pp. 118-119.



MARTIROLÓGIO ROMANO

12/08


1. Santa Joana Francisca Frémiot de Chantal, religiosa. Do seu matrimónio cristão teve seis filhos, que educou na piedade; depois da morte do esposo, sob a direção de São Francisco de Sales, percorreu velozmente o caminho da perfeição e dedicou-se às obras de caridade, especialmente para com os pobres e os enfermos. Fundou a Ordem da Visitação de Santa Maria, que também dirigiu sabiamente. Morreu em Moulins, nas margens do rio Allier, próximo de Nevers, na França, no dia 13 de Dezembro.

(† 1641)


2. Em Catânia, na Sicília, atualmente região da Itália, Santo Euplo, mártir, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, segundo a tradição, foi metido no cárcere pelo governador Calvisiano por ter sido encontrado com o livro dos Evangelhos nas mãos; interrogado várias vezes, gloriou-se de ter o Evangelho no coração e por isso foi flagelado até à morte.

(† 304)


3. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Aniceto e Fócio, mártires.

(† s. IV)


4*. Em Killala, na Irlanda, São Muredach, bispo.

(† c. s. V)


5*. Também na Irlanda, no mosteiro que recebeu o seu nome, Santa Lélia, virgem.

(† s. V)


6. Em Bréscia, na Lombardia, região da Itália, Santo Herculano, bispo.

(† s. VI)


7. Em Lérins, ilha da Provença, atualmente na França, os santos mártires Porcário, abade, e muitos outros monges, que, segundo a tradição foram mortos pelos Sarracenos.

(† c. s. VIII)


8*. Em Ruthin, no País de Gales setentrional, o Beato Carlos Meehan, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, natural da Irlanda, que foi preso ao passar por aquele país em direção à sua pátria e, condenado à morte por ter entrado como sacerdote no território sob o domínio do rei Carlos II, foi enforcado e esquartejado, assim alcançando a palma do martírio.

(† 1679)


9*. Em Roma, o Beato Inocêncio XI, papa, que dirigiu sabiamente a Igreja, embora atribulado por duros sofrimentos e tribulações.

(† 1689)


10*. Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Jarrige de la Morélie de Puyredon, presbítero e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, exposto sem interrupção à ardente irradiação solar, morreu por Cristo.

(† 1794)


11. Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, hoje no Vietnam, os santos mártires Tiago Dô Mai Nam My, presbítero, António Nguyen Dich, agricultor, e Miguel Hguyen Huy My, médico, que, no tempo do imperador Minh Mang, depois de cruéis suplícios, foram decapitados por serem cristãos.

(† 1838)


12*. Em Hornachuelos, vila próxima de Córdova, na Espanha, a Beata Vitória Díez y Bustos de Molina, virgem e mártir, que exerceu o ofício de professora no Instituto Teresiano e, durante a violenta perseguição contra a Igreja, proclamou a sua fé cristã e sofreu o martírio, enquanto exortava os outros a seguir o mesmo caminho.

(† 1936)


13*. Em Valdemoro, próximo de Madrid, também na Espanha, o Beato Flávio (Atilano Dionísio Argüeso González), religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, na mesma perseguição, foi morto em ódio à fé cristã.

(† 1936)


14*. Em Barbastro, próximo de Huesca, no território de Aragão, também na Espanha, os beatos Sebastião Calvo Martínez, presbítero, e cinco companheiros[1], mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, que, na mesma perseguição, terminaram vitoriosos o glorioso combate.

[1] Estes são os seus nomes: Pedro Cunill Padrós, José Pavón Bueno, Nicásio Sierra Ucar, presbíteros; Venceslau Claris Vilarregut, subdiácono; Gregório Chirivás Lacambra, religioso.

(† 1936)


15*. Em Tarragona, também na Espanha, o Beato António Perulles Estivill, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, na mesma violenta perseguição, consumou na rua o seu martírio.

(† 1936)


16♦. Em Fuencarral, na cidade de Madrid, também na Espanha, o Beato Boaventura Garcia Paredes, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir na mesma perseguição religiosa.

(† 1936)


17♦. Em Puente del Arzobispo, próximo de Toledo, também na Espanha, o Beato Domingos Sánchez Lázaro, presbítero da diocese de Toledo e mártir, que, durante a mesma perseguição, pela perseverança na fé mereceu configurar-se com Cristo.

(† 1936)


18♦. Em Villacañas, próximo de Toledo, também na Espanha, o Beato Francisco Maqueda López, candidato ao presbiterado e mártir, que, durante a perseguição, suportou por amor de Cristo todas as adversidades até alcançar a palma celeste.

(† 1936)


19*. Em Dachau, próximo de Munique da Baviera, na Alemanha, os beatos Floriano Stepniak, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, e José Straszewski, presbíteros e mártires, que, durante a invasão militar da Polónia, morreram no campo de concentração envenenados numa câmara de gás.

(† 1942)


20*. Em Planegg, também próximo de Munique da Baviera, na Alemanha, o Beato Carlos Leisner, presbítero do Movimento Apostólico de Shönstatt e mártir, que, ainda diácono, por causa da sua pública profissão de fé e incansável zelo apostólico, foi metido no cárcere e, ordenado sacerdote no campo de concentração de Dachau, depois de ter saído em liberdade, morreu devido aos tormentos sofridos no cativeiro.

(† 1945)

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