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Foto do escritorSérgio Fadul / Santos e Beatos Católicos

Nossa Senhora de La Salette


Nos belos Alpes da França existe uma montanha chamada La Salette. Ela fica na Diocese de Grenoble. Em setembro do ano de 1846, duas crianças pastoreavam ovelhas no alto da montanha: um menino chamado Maximim Giraud, de 11 anos, e a adolescente Melanie Calvat, de 15 anos. As duas crianças tinham pouco estudo por causa do difícil e exigente trabalho que faziam.


A aparição de Nossa Senhora


Em uma tarde enquanto esperavam a hora de voltarem para casa, viram uma forte luz e uma bela Senhora sentada numa pedra, com belos trajes de camponesa. Era uma “Belle Dame”, como eles definiram. Ela tinha na cabeça um diadema dourado e pisava sobre lindas flores, que desapareceram quando ela foi embora. A Senhora estava chorando e disse:


“Vinde meus filhos, não tenhais medo! Estou aqui para contar uma grande novidade. Se meu povo não quiser aceitar, vejo-me forçada a deixar cair o braço de meu Filho. É tão forte e tão pesado que não posso mais segurar. A tanto tempo que sofro por vós”.


E a Virgem continuou num bonito diálogo com os pequenos pastores:


“E vocês, fazem bem as orações?”


Eles responderam: “Não muito bem.” E Maria continuou:


“Meus filhos, é preciso fazê-las bem, à noite e de manhã. Quando não puderem rezar, recitem ao menos um Pai-Nosso e uma Ave-Maria; mas quando tiverem tempo, é preciso rezar mais”.


As crianças estavam maravilhadas com aquela visão. E Nossa Senhora continuou:


Um alerta da Mãe


“Os que conduzem os carros (de boi), não o fazem sem abusar do nome de meu Filho. Se a colheita se estraga, não é senão por vossa causa. Bem vo-lo mostrei no ano passado com a colheita das batatas e não fizestes caso. Ao contrário, quando encontráveis estragadas, era então que em tom de revolta, pronunciáveis o nome de meu Filho.” As crianças reconheciam que essas coisas realmente tinham acontecido com o povo daquela região.


Um alerta mais grave e um convite à conversão:


“Se tiverdes trigo, não o semeeis, pois os animais comerão tudo. O que semeardes e o que vingar, reduzir-se-á a pó quando for malhado. Sobrevirá uma grande fome. Os outros farão penitências pela fome. As nozes estragar-se-ão; as uvas hão de apodrecer. Porém, se vocês se converterem, até as pedras e as rochas se transformarão em montões de trigo e as batatas aparecerão semeadas por sobre a terra”.


Pedido da Mãe


Nossa Senhora pediu que no local da aparição fosse construída uma Igreja e que se fundasse uma Congregação, para a qual, ela mesma ditou os fundamentos e as regras.


As crianças espalham a notícia


Após alguns momentos, Nossa Senhora foi desaparecendo, a luz diminuindo e ela foi embora. Maximim quis pegar uma das rosas que estavam embaixo dos pés da Virgem, mas elas desapareceram. Os pastores, então, correram para falar com seus pais e seus patrões.


Romarias


Nos dias que se seguiram, muitas romarias começaram a subir a montanha até o local da aparição, e muitos milagres começaram a acontecer.


Um Santuário e uma Congregação


O bispo de Grenoble fundou a Congregação dos Missionários para construírem um santuário no lugar das aparições. O santuário tornou-se a Basílica de Nossa Senhora da Salete. Isso aconteceu no ano de 1878, por benção papal. Os Missionários tinham ainda a missão de divulgar a mensagem de Nossa Senhora da Salette, que assim passou a ser chamada, por causa da montanha de La Salette, onde ela apareceu.


Aprovação do Papa


O Papa Pio IX aprovou no dia 19 de setembro de 1851 a carta pastoral do Bispo Grenoble, que instituiu o título de Nossa Senhora da Salette.


As lágrimas de Maria


Melanie Galvat, que se tornou freira das Irmãs da Providência de Corenc, e morreu no ano de 1904, disse que Nossa Senhora chorava o tempo todo em que falou com eles. Porém, as lágrimas não diminuíram seu ar de Rainha e Senhora, tornando-a a mais bela e amorosa de todas as mães.


Os símbolos de Nossa Senhora de La Salette


Melanie Galvat disse que Nossa Senhora trazia uma cruz em seu peito, de um lado um martelo e de outro um alicate. O martelo representando o pecado de todos que pregavam mais ainda Jesus na cruz, e o alicate, as orações do povo, para que, tirando os pregos, Jesus fosse aliviado um pouco de suas dores.


Mensagem


O tema das aparições da Senhora de La Salette é muito forte e atual. Vale a pena ler a mensagem completa de Nossa Senhora de La salette. Ela falou muito sobre a importância da conversão dos pecadores, de fazer penitência, e que todos devem se livrar dos pecados mortais.


As regras da Congregação


Nossa Senhora citou as regras da nova congregação que queria que fosse fundada, a Ordem da Mãe de Deus, com sacerdotes, religiosos, religiosas e também com leigos. A congregação teria como missão pregar uma grande conversão do Clero daquela época.


Simplicidade e oração


A Bela Senhora veio para mostrar para todos que a simplicidade e a oração são os caminhos para se chegar a Jesus Cristo e acabar com o pecado mortal a que o mundo vulgar leva o homem.





Nossa Senhora de La Salete ou "da Salette" é um título que a Virgem Maria recebeu por causa de suas aparições na montanha de La Salette, nos Alpes Franceses, em 1846. Ela apareceu a dois pastores de ovelhas: a adolescente Melanie Calvat, de 15 anos e o menino Maximim Giraud, de 11. Ela pediu que os dois transmitissem três pedidos: a conversão dos pecadores, que se construísse uma igreja naquele local e que se fundasse uma congregação religiosa para perpetuar sua mensagem e cuidar da igreja de La Salette. Os dois pastorzinhos eram camponeses de pouca instrução. Nossa Senhora apareceu a eles com trajes de camponesa e chorando. A mensagem que ela deixou fala de conversão e de busca de uma vida de oração e santidade. Os símbolos contidos na imagem de Nossa Senhora de La Salette também contam a história e reforçam a mensagem de Maria de maneira extraordinária. Vamos conhecê-los.


Nossa Senhora de La Salette sentada com as mãos no rosto


Em várias representações, Nossa Senhora de La Salette é vista sentada com as mãos no rosto. Esta representação nos mostra o primeiro momento em que os dois pastorzinhos viram a Virgem. Ela estava nesta posição, chorando, com as mãos cobrindo o rosto, segundo o relato dos dois. O choro de Nossa Senhora simboliza seu sofrimento ao ver que seus filhos estão se perdendo por causa do pecado e do afastamento de Deus.


Os braços cruzados de Nossa Senhora de La Salette


Nas outras representações, Nossa Senhora de La Salette é sempre vista com os braços cruzados. Esta imagem traz-nos uma mensagem triste: a de que Ela não pode nos ajudar se nós não procurarmos abandonar a vida de pecado, ou se não reconhecermos que estamos no pecado. Ou seja, quando nos afastamos de Deus e da oração, ficamos vulneráveis ao pecado. E, quando estamos nesta situação, é como se Nossa Senhora estivesse demãos atadas, sem poder nos ajudar. Ela quer ajudar a todos os seus filhos, mas se estes não reconhecem o erro, ela quase não tem como ajudar.


As correntes sobre os ombros de Nossa Senhora de La Salette


As correntes sobre os ombros de Nossa Senhora de La Salette complementam a mensagem de seus braços cruzados. As correntes representam o pecado de seus filhos. Estas correntes impedem que ela os ajude. Por isso, ela pede conversão e oração.


A roupa de Camponesa de Nossa Senhora de La Salette


A roupa de Camponesa de Nossa Senhora de La Salette significa que a Virgem Maria conhece a vida de seus filhos e se identifica com eles. Sua roupa apresenta um avental bege. Isto significa que ela veio na posição de quem quer ajudar, beneficiar. Porém, de braços cruzados, ela não pode fazer nada. Por isso ela chora, pois não pode ajudar seus filhos que estão no pecado. Os pastorzinhos insistem que a Virgem Maria estava sempre chorando nas aparições, embora não perdesse nunca seu olhar de rainha.


A cruz, o martelo e o alicate


Este é o símbolo da grande mensagem da Virgem de La Salette. A cruz tem um martelo do seu lado esquerdo e um alicate do seu lado direito. O martelo simboliza os pecados da humanidade que pregam cravos em Jesus crucificado. O Alicate simboliza a oração e a conversão. Cada vez que um coração se volta para Deus, um cravo é tirado de Jesus crucificado. A humanidade está sempre diante do martelo e do alicate. Chorando, Nossa Senhora de La Salette pede que seus filhos escolham o alicate e aliviem o sofrimento de Jesus.


O diadema sobre a cabeça de Nossa Senhora de La Salette


Diadema é uma espécie de coroa ornamentada com flores, usadas pelas rainhas. O diadema sobre a cabeça de Nossa Senhora de La Salette simboliza sua realeza. Porém, não só isso. Diadema simboliza também que a pessoa que o usa transmite uma doutrina. Neste sentido, Nossa senhora tem uma doutrina sólida e clara: ela ensina que é preciso buscar a Deus na oração e na conversão. Sem Deus jamais teremos vida plena. E a Virgem quer para nós a vida plena que só Jesus tem para dar.


As duas crianças aos pés de Nossa Senhora de La Salette


As duas crianças aos pés de Nossa Senhora de La Salette representam os dois videntes da Virgem, Melanie Calvat e Maximim Giraud. Os dois humildes camponeses, quase analfabetos, foram os transmissores de uma mensagem profunda e maravilhosa. Deus aprecia a humildade de coração.


Um Santuário e uma Congregação


Nossa Senhora pediu que fosse construído um santuário naquele local e que fosse fundada uma congregação para cuidar da igreja e da mensagem que ela deixou em La Salette. Para tanto, ela mesma ditou as regras de vida da nova congregação, que deveria se chamar "Ordem da Mãe de Deus". Seu pedido foi atendido pelo Papa Pio IX em 19 de setembro de 1851. A congregação tem como missão anunciar a necessidade da conversão do clero e de todos os fiéis.


As lágrimas de Nossa Senhora de La Salette


As lágrimas de Nossa Senhora de La Salette tem significado claro: elas representam a dor da mãe, que, de braços atados, não pode fazer nada por seus filhos que não a escutam e preferem o pecado. Toda mãe sofre com isso e, no caso da Mãe de Deus, não é diferente. Nenhuma mãe quer ver seu filho se perder.


Oração a Nossa Senhora da Salette


"Lembrai-vos, Ó Nossa Senhora da Salette, das lágrimas que derramastes por nós, no Calvário. Lembrai-vos também dos cuidados que, sem cessar, tendes por vosso povo, a fim de que, em nome de Cristo, se deixe reconciliar com Deus. E vede se, depois de tanto terdes feito por vossos filhos, podeis agora abandoná-los. Reconfortados por vossa ternura, ó Mãe, eis-nos aqui, suplicantes, apesar de nossa infidelidade e ingratidão. Não rejeiteis nossa oração, ó Virgem Reconciliadora, mas volvei nosso coração para vosso, Filho. Alcançai-nos a graça de amar Jesus acima de tudo, e de vos consolar por uma vida de doação, para a glória de Deus e o amor de nossos irmãos. Amém.

Nossa Senhora da Salette, Reconciliadora dos pecadores, Rogai sem cessar por nós que recorremos a vós!"


Nossa Senhora de La Salette, rogai por nós!




MARTIROLÓGIO ROMANO

19/09


1. São Januário, bispo de Benevento e mártir, que, em Pozzuóli, próximo de Nápoles, na Campânia, durante a perseguição contra a fé cristã, padeceu o martírio por Cristo.

(† s. IV)


2. Em Sínada, na Frígia, hoje Cifitkasaba, na Turquia, São Trófimo, mártir.

(† data inc.)


3. Na Palestina, os santos mártires Peleu e Nilo, bispos no Egipto, Elias, presbítero, e Patermúcio, que, pela sua fé em Cristo, foram queimados vivos juntamente com muitos outros clérigos, durante a perseguição do imperador Diocleciano.

(† 310)


4. Em Tours, na Gália Lionense, atualmente na França, Santo Eustóquio, bispo, que, procedendo da ordem senatorial, foi um homem santo e religioso e sucedeu a São Brício na sede episcopal.

(† 461)


5. No mosteiro de Sisteron, no território de Langres, também na Gália, hoje na França, São Sena, presbítero e abade.

(† s. VI)


6. No território de Bourges, na Aquitânia, também na hodierna França, São Mariano, eremita, que se alimentava apenas de frutos silvestres e mel eventualmente encontrado.

(† s. VI)


7*. Em Metz, na Austrásia, também na atual França, São Goerico ou Abão, bispo, que sucedeu a Santo Arnolfo, cujo corpo trasladou solenemente para esta cidade.

(† c. 642)


8. Em Cantuária, na Inglaterra, São Teodoro, bispo, que, sendo monge procedente de Tarso, foi ordenado bispo pelo papa São Vitaliano e enviado quase septuagenário para a Inglaterra, onde governou com fortaleza de ânimo a Igreja que lhe foi confiada.

(† 690)


9. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, Santa Pomposa, virgem e mártir, que, durante a perseguição dos Mouros, ao ter conhecimento do martírio de Santa Colomba, saiu furtivamente do mosteiro de Peñamelária em direcção a Córdova, onde declarou destemidamente perante o juiz a sua fé em Cristo e, imediatamente degolada às portas do palácio, conseguiu a palma gloriosa.

(† 853)


10*. Em Freising, na Baviera, região da Alemanha, São Lamberto, bispo.

(† 957)


11*. Em Buonvicino, próximo de Cosenza, na Calábria, região da Itália, São Ciríaco, abade.

(† 1030)


12*. Em Gap, na Provença, região da França, Santo Arnolfo, bispo, que superou muitas dificuldades para reformar a recta disciplina na vida da Igreja.

(† c. 1075)


13*. Em Barcelona, na Catalunha, região da Espanha, Santa Maria de Cervelló, virgem da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, que, pela obra realizada em favor dos que a ela acorriam, era chamada popularmente «Maria do Socorro».

(† 1290)


14. Em Madrid, também na Espanha, Santo Afonso de Orozco, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que, sendo o pregador da corte do rei, procedeu sempre com grande austeridade e humildade.

(† 1591)


15. Em Seul, na Coreia, a paixão de São Carlos Hyon Song-mun, mártir, que, sendo catequista, servia de guia, através de longas e árduas caminhadas, aos missionários na sua pátria; encerrado no cárcere com outros cristãos, nunca cessou de os exortar e finalmente foi degolado por causa da fidelidade a Cristo.

(† 1846)


16. Em Villefranche-de-Rouergue, no território de Rodez, na França, Santa Maria Gulhermina Emília de Rodat, virgem, que, para a formação das jovens e auxílio aos pobres, fundou a Congregação das Irmãs da Sagrada Família.

(† 1852)


17*. Em Ciempozuelos, povoação próxima de Madrid, na Espanha, o Beato Jacinto Hoyuelos González, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, pela confissão de Cristo sofreu um glorioso martírio.

(† 1936)


18*. Em Benifayó, localidade da província de Valença, também na Espanha, a Beata Francisca Cualladó Baixauli, virgem e mártir, que, na mesma perseguição contra a fé, derramou o seu sangue por Cristo.

(† 1936)


19*. Em Madrid, também na Espanha, as beatas Maria de Jesus de la Iglesia y de Varo, Maria das Dores Aguiar-Mella y Díaz e Consolação Aguiar-Mella y Díaz, virgens do Instituto das Filhas de Maria das Escolas Pias e mártires, que foram coroadas pelo testemunho de Cristo.

(† 1936)

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