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Santa Júlia Billiart

  • Foto do escritor: Pascom NS da Gloria
    Pascom NS da Gloria
  • há 7 dias
  • 5 min de leitura


Origens


Maria Rosa Júlia Billiart nasceu no dia 12 de julho de 1751, em Cuvilly, na França. Filha de família pobre, seus pais eram muito religiosos. Tanto, que fizeram questão de batiza-la no mesmo dia de seu nascimento. Talvez aí a marca mais profunda de sua vida tenha tido seu embrião.


Jesus, o único alimento de sua vida


A pequena Júlia fez o catecismo e sua primeira comunhão quando completou sete anos. A partir desse dia, por uma disposição interior ou por um chamado sobrenatural, e por fé viva na presença real de Jesus no Pão Eucarístico, a Eucaristia passou a ser o único alimento de sua vida. Ela aprendeu a ler e a escrever porque, com este saber, ajudava no sustento da família.


Consequências


Do ponto de vista meramente humano, já foi um milagre o fato de a pequena Júlia sobreviver até à adolescência alimentando-se apenas da comunhão Eucarística. Quando completou treze anos, ela começou a ter sérios problemas de saúde. Sem nutrição, foi ficando paraplégica. Ela sobreviveu assim por trinta anos.


Mística


Durante os trinta anos de sua paraplegia, Santa Júlia Billiart mergulhou nos mistérios profundos da oração, da contemplação, da vida mística. O Senhor, presente na Eucaristia, passou a ser o centro de sua vida. Ele revelou a ela os mistérios da salvação, dos sofrimentos no Calvário, da imensurável glória celeste e da luz de Deus que ilumina a vida do cristão. Mesmo paraplégica, ela esteve sempre ligada à catequese paroquial e dava grande atenção à educação dos pobres, sabendo que a educação é uma das chaves da libertação da pobreza.


Vida ativa


Os frutos da Eucaristia apareceram. Santa Júlia Billiart tinha uma vida ativa mesmo nesta situação especial de vida. Ela alimentava amizades dentro de sua família e ampliava esses laços com religiosos, com mulheres nobres que, sabendo de sua “situação”, procuravam ajuntar donativos que ajudavam sua família. Mantinha amizades também com as irmãs carmelitas, que lhe davam suporte espiritual.


Um sonho de ir mais além


Santa Júlia Billiart, depois de muitos anos de paralisia e vida mística, sentiu em seu coração o grande desejo de se tornar religiosa. Este desejo, porém, carregava uma meta muito definida: era preciso fundar uma Congregação religiosa com o carisma de formar bons e santos educadores para educar os pobres. Santa Júlia tinha, entre outros dons, uma pedagogia particular adquirida nos seus mais de vinte anos de paralisia. Mas ela aprendeu não só com a religião. Admiravelmente, tinha os pés no chão e soube aprender também com autoridades com quem conviveu, com os horrores da Revolução Francesa e com as guerras de Napoleão.


A realização do sonho


Mesmo sabendo apenas os rudimentos da leitura e da escrita, Santa Júlia Billiart, ainda deficiente por causa da paralisia, realizou seu sonho fundando a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora no ano 1804. Após trinta anos de paralisia, o Sagrado Coração de Jesus, de quem ela era devota, achou por bem cura-la e ela voltou a andar. A Eucaristia nunca deixou de ser o centro de sua vida e Nossa Senhora era seu modelo de vida. Após viver muitas dificuldades na estruturação da Congregação, Santa Júlia Billiart foi eleita a superiora geral.


A obra cresce


Santa Júlia Billiart abriu sua primeira escola gratuita para crianças pobres em Amiens e começou a viajar por França e Bélgica estendendo a obra. Era um tempo de miséria e dificuldades. Por isso, ela abria pensionatos e, com os ganhos obtidos, fundava as escolas gratuitas. Sua obra se espalhou pr várias cidades desses dois países.


Perseguição e mudança


Santa Júlia Billiart foi perseguida injustamente pelo bispo da cidade de Amiens. Ele chegou a afastá-la da Congregação. As irmãs, porém, decidiram ir junto com ela para Namur, uma cidade belga. Ali a Congregação se firmou e foi em frente. Santa Júlia, então, continuou com sua obra, ajudando a milhares de crianças pobres, dando a elas formação que lhes abria uma porta para um futuro melhor.


Falecimento


Em Namur Santa Júlia Billiart chegou à grande meta e carisma pedagógico da Congregação. Segundo suas palavras: “A educação é caminho da plenitude da vida”. Vendo a obra de sua vida realizada, Santa Júlia Billiart faleceu na paz de Nosso Senhor, que era o centro de sua vida. Era o dia 8 de abril de 1816, em Namur. Ela foi canonizada em 1969 pelo Papa Paulo VI.


Oração a Santa Júlia Billiart


Ó Deus, que destes a Santa Júlia Billiart a graça de ter vosso Filho Jesus Cristo como o centro de sua vida, dai também a nós esta graça essencial, para que nossa vida frutifique em bênçãos para todos aqueles que precisarem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, amém. Santa Júlia Billiart, rogai por nós.”





MARTIROLÓGIO ROMANO

08/04


1.   Comemoração de Santo Agabo, profeta, que, segundo o testemunho dos Atos dos Apóstolos, movido pelo Espírito Santo, anunciou uma grande fome em toda a terra e os tormentos que Paulo ia sofrer da parte dos gentios.


2.   Comemoração dos santos Herodião, Assíncrito e Flegonte, que o apóstolo São Paulo saúda na Epístola aos Romanos.


3.   Comemoração de São Dionísio, bispo de Corinto, na Grécia, que, dotado de admirável conhecimento da palavra de Deus, não só instruiu com a pregação os fiéis da sua cidade episcopal e da sua província, mas ensinou também com as suas cartas os bispos de outras cidades e províncias. († 180)


4.   Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, os santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires. († data inc.)


5.   Em Alexandria, no Egito, São Dionísio, bispo, homem de grande erudição, memorável por ter professado a fé muitas vezes e insigne pelas diversas tribulações e torturas suportadas, que, no tempo dos imperadores Valeriano e Galieno, com idade avançada adormeceu no Senhor como confessor da fé. († c. 265)


6.   Em Como, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Amâncio, bispo, que foi o terceiro a ocupar esta cátedra episcopal e construiu a basílica dos Apóstolos. († 449)


7*.   Em Orvieto, na Úmbria, região da Itália, o Beato Clemente de Ósimo, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que dirigiu e promoveu eficazmente a Ordem e reformou sabiamente as suas leis. († 1291)


8*.   Em Alcalá de Henares, na Espanha, o beato Julião de Santo Agostinho, religioso da Ordem dos Frades Menores Descalços, que, considerado alienado mental por causa da sua rigorosa penitência e várias vezes afastado da vida religiosa, anunciou a Cristo mais pelo exemplo da sua virtude que pela palavra.

(† 1606)


9.   Em Namur, junto ao rio Mosa, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Júlia Billiart, virgem, que fundou o Instituto de Santa Maria para a formação da juventude feminina e propagou ardorosamente a devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

(† 1816)


10*.   Em Alássio, próximo de Albenga, na Ligúria, região da Itália, o Beato Augusto Czartoryski, presbítero da Sociedade Salesiana, cuja enfermidade não impediu que, seguindo firmemente o chamamento de Deus, recebesse especiais dons de santidade. († 1893)


11*.   No convento de Belmonte, perto de Cuenca, na Espanha, o beato Domingos do Santíssimo Sacramento Iturrate, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que se dedicou com todas as suas forças a promover a salvação das almas e a exaltar a glória da Santíssima Trindade. († 1927)

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