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Sérgio Fadul - Breviário

Santa Rosa de Viterbo



Santa Rosa da Viterbo OFS (Viterbo, 1233 — 6 de Março de 1252) é uma santa venerada na Igreja Católica. Virgem da Terceira Ordem Franciscana, canonizada pelo Papa Calisto III em 1457.


Nasceu em uma família humilde de Viterbo. Afirmam seus biógrafos que desde tenra idade já manifestava experiências místicas. Viveu asceticamente e se impunha severas penitências. Durante a disputa entre o Papa Inocêncio IV e o Imperador Frederico II da Germânia mostrou-se aguerrida defensora da Igreja. Foi integrada ao martiriológio romano mesmo não tendo chegado a termo ser processo de canonização.

Seu corpo, incorrupto e flexível, está na Igreja de Santa Maria del Poggio, de onde todos os anos na data de 4 de Setembro é carregado em procissão pelas ruas de Viterbo pelos chamados Facchini di Santa Rosa num espetáculo monumental. É a santa padroeira da Juventude Franciscana.


Santa Rosa viveu na primeira metade do século XIII, em uma época de grande confrontos, de um lado surgia São Francisco de Assis, o irmão menor de todos, de outro o imperador Frederico II, o grande estadista, que governava com mão-de-ferro. Havia uma guerra de poderes, em um extremo o poder Espiritual, a Igreja, e de outro o mundo, o Imperador.


Não sabe-se muito bem o ano que Rosa, nasceu, alguns biógrafos situam em 1234 ou 1235. Mais, provável que tenha nascido em 1236, deduzindo-se, pois, morreu em 1253 com 18 anos incompletos. Seus pais trabalhavam em um mosteiro de Clarissas perto de sua casa, chamado São Damião. Desde cedo Rosa recebeu influência da espiritualidade Francisclariana em sua vida.


A medida que ela crescia, aumentava as suas orações. Muitas vezes passava longas horas da noite em contemplação. Durante o dia procurava os lugares onde poderia ficar em silêncio e entregar-se a oração. No dia 23 de julho de 1247, foi atacada por uma forte febre. Na sua cama de repente ajoelhou-se e balbuciou o nome de Maria, ficou ali por um longo tempo, então levantou e sorriu, estava sem febre. Contou então que a Virgem lhe apareceu e lhe confiara uma missão: visitar as igrejas de São João Batista, Santa Maria do Oiteiro e São Francisco. E depois da Missa fosse pedir sua admissão na Ordem da Penitência de São Francisco - hoje chamada de Ordem Franciscana Secular.


No ano de 1247 a cidade de Viterbo, fiel ao Papa, caiu nas mãos do imperador Frederico II. A cidade estava nas mãos do hereges, negavam a autoridade do Papa, e o poder do Sacerdote de perdoar os pecados e consagrar. Então em oração Rosa teve uma visão do crucificado e seu coração ardeu em chamas.


Rosa não se conteve, saiu pelas rua para pregar com um crucifixo nas mãos. A notícia correu toda cidade, muitos sentiram-se estimulados na fé, e vários hereges se converteram, confundia até os mais preparados. Devido a sua pregação diária, Rosa representava uma ameaça para as autoridades da cidade, então em 1250 o prefeito assinou uma ordem, condenado Rosa ao exílio, afirmando que ela ocasionava revolta entre o povo.


Rosa e seus pais foram morar em Soriano onde sua fama já havia chegado. Nessa cidade Rosa se tornou uma verdadeira apostola, onde pregava o Evangelho a todos nas praças. Na noite de 4 para 5 de dezembro, Rosa recebeu a visita de um anjo, que lhe revelou que o imperador morreria dentro de poucos dias. No dia 13 de dezembro o imperador Frederico II, faleceu.


Com a morte de Frederico II, o poder do hereges enfraqueceram e Rosa pode retornar a Viterbo, no início de 1252. Toda região vivia em paz. Rosa humildemente pode compreender que Deus a fizera "instrumento de sua paz".


No dia 06 de março de 1252, "sem agonia", Deus a chamou, e a "santinha" morreu... No dia 25 de novembro de 1252 o Papa Inocêncio IV, por sua Bula "Sic In Sanctis", mandou instaurar oficialmente o processo de canonização de Rosa.


O Papa Inocêncio IV mando exumar o corpo de Rosa no dia 04 de setembro de 1257, e para a surpresa de todos, o corpo foi encontrado intacto, quase como se ela estivesse viva. Rosa foi transladada para o mosteiro de Clarissa, chamado depois disso, mosteiro de Santa Rosa. Depois dessa cerimônia a Santa foi "canonizada" pelo povo.


O Papa Eugênio IV, e principalmente Calixto III, mandaram continuar os trabalhos do Processo de Canonização. Em 1457 o processo ficou pronto, mas Calixto III, morreu, sem que chegasse a promulgar o decreto de canonização. Curiosamente, a canonização de Rosa ficou nisso. Nunca foi oficialmente oficializada. Mas também nunca foi negada pelo Papa e pela Igreja. Podemos dizer que ela, desde o momento de sua morte, foi canonizada pelo povo.


Bento XVI diante do sarcófago de Santa Rosa de Viterbo


Em setembro de 1929, o Papa Pio XI, declarou Santa Rosa de Viterbo a padroeira da Juventude Feminina da Ação Católica Italiana. A mensagem de Santa Rosa continua atual, plenamente válida e urgente: conversão, mudança de vida, fidelidade ao Evangelho e a Igreja, amor e paz.



MARTIROLÓGIO ROMANO

06/03


1. Em Tortona, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Marciano, venerado como bispo e mártir.

(† data inc.)


2. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, São Vitorino, mártir.

(† data inc.)


3. Em Tréveris, cidade da Gália Bélgica, hoje na Alemanha, São Quiríaco, presbítero.

(† s. IV in.)


4. Comemoração de Santo Evágrio, bispo de Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, que, tendo sido deportado para o exílio pelo imperador Valente, partiu deste mundo para o Senhor como insigne confessor da fé.

(† c. 378)


5. Em Toledo, na Espanha, São Julião, bispo, que reuniu nesta cidade três concílios e expôs nos seus escritos a reta doutrina, manifestando grande sentido da justiça, caridade e zelo das almas.

(† 690)


6. Em Säckingen, no território da atual Suíça, São Fridolino, abade, que, oriundo da Irlanda, peregrinou através da Gália e chegou a Säckingen, onde fundou dois mosteiros em honra de Santo Hilário.

(† s. VIII)


7. Em Metz, na Austrásia, atualmente na França, São Crodegando, bispo, que recomendou ao clero a observância claustral com uma norma de vida irrepreensível e promoveu de modo insigne o canto da Igreja.

(† 766)


8. Na Síria, a paixão de quarenta e dois santos mártires, que, tendo sido presos em Amório da Frígia e conduzidos ao rio Eufrates, suportaram um glorioso combate e receberam vitoriosos a palma do martírio.

(† 848)


9*. Em Barcelona, na Catalunha, região da Espanha, Santo Olegário, bispo, que tomou também a cátedra episcopal de Tarragona, quando esta antiquíssima diocese foi liberta do domínio dos Mouros.

(† 1137)


10*. Em Viterbo, na Toscana, região da Itália, a Beata Rosa, virgem, da Ordem Terceira de São Francisco, que se entregou diligentemente às obras de caridade e consumou precocemente o breve curso da sua vida aos dezoito anos de idade.

(† 1253)


11. Em Gand, cidade da Flandres, na atual Bélgica, Santa Coleta Boylet, virgem, que, depois de passar três anos de rigorosa austeridade, reclusa numa pequena habitação junto da igreja, professou a Regra de São Francisco e reconduziu muitos mosteiros de Clarissas à observância primitiva, promovendo especialmente o espírito de pobreza e de penitência.

(† 1447)

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