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Foto do escritorSérgio Fadul / Paulinas

Santo Alberto de Jerusalém

Atualizado: 17 de ago. de 2023

Alberto nasceu no ano 1150 em Parma, na Itália, no seio da rica e nobre família Avogrado, dos condes Sabbioneta. Ainda muito jovem, resolveu deixar a vida mundana da Corte, ingressando no Convento dos Cónegos de Santo Agostinho de Mortara, em Pavia. Em pouco tempo, foi eleito prior pelos companheiros e, em 1184, foi nomeado bispo de Bobbio, cargo que recusou porque não se achava preparado e à altura da função.


Porém essa não era a opinião do papa Clemente III, que nesse mesmo ano o encarregou de assumir o bispado de Vercelli. Assim, Alberto não teve como recusar. Assumiu a missão com tanta vontade de fazer um bom ministério que ficou na função por vinte anos, levando o povo local a uma vida de penitência, oração e caridade. Era sempre tão conciliador e justo na intermediação de causas que o imperador Frederico Barbaroxa solicitou seus préstimos para solucionar uma disputa entre Parma e Piacenza, em 1194. Com sua intervenção junto à Sé, em Roma, a desavença chegou ao fim rapidamente.


Passados mais alguns anos de trabalho, em 1205 Alberto foi nomeado patriarca de Jerusalém, cargo que também só aceitou por insistência do papa Inocêncio III. O argumento usado pelo papa foi definitivo: a Palestina sofria uma pressão fortíssima por parte dos muçulmanos e era preciso ter entre os católicos alguém com carisma e disciplina de "mão forte", pois havia o risco do desaparecimento do cristianismo naquela região.


Alberto não fugiu da responsabilidade, mas como Jerusalém estava sob domínio dos árabes sarracenos, foi para lá em 1206, fixando residência na cidade de Acra. Foi necessário pouco tempo para que ele reconduzisse as ovelhas desgarradas ao rebanho, ganhando o respeito tanto dos cristãos como dos árabes muçulmanos.


Ele foi o patriarca da Palestina durante oito anos. E durante esse período reuniu todos os eremitas de Monte Carmelo, redigindo ele mesmo as Regras para a comunidade. Brocardo, então prior dos carmelitas, pediu ao Patriarca Alberto que lhes desse uma norma de vida. De bom grado S. Alberto a escreveu, tornando-se assim no Legislador da nossa Ordem. Por isso, e apesar de não ter sido carmelita, a Ordem do Carmo o representa nas suas imagens vestido de carmelita e com a Regra na mão.


Morreu assassinado pelo professor e prior do Hospital do Espírito Santo, ao qual ele havia primeiro advertido e depois afastado, por suas atrocidades. Quando Alberto conduzia uma procissão, o malfeitor investiu contra ele com um punhal, matando-o na frente de todos os fiéis. Era o dia 14 de setembro de 1214.


Oração


Ó Deus, que por intermédio de Santo Alberto nos destes uma forma de vida evangélica, para conseguirmos de modo perfeito a caridade, concedei-nos que, por sua intercessão, vivamos consagrados a Jesus Cristo e sejamos fiéis em servi-lo até a morte. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


Exortações sobre a vida espiritual


Porque a vida do homem sobre a terra é uma contínua tentação (cf. Jó 7,1) e os que piamente querem viver em Cristo padecem perseguições (cf. 2Tm 3,12), e também porque o demônio, vosso adversário, como um leão rugindo, anda em continuado giro, buscando a quem devorar (cf. 1Pd 5,8), procurai com o maior cuidado vestir-vos das armas de Deus para poderdes resistir a seus assaltos (cf. Ef 6,11).


Cingi, pois, os vossos corpos com o cinto da castidade (cf. Ef 6,14) e fortalecei vosso peito com pensamentos santos, pois está escrito: "A consideração santa te guardará" (cf. Pr 2,11 segundo os LXX). Deveis vestir a couraça da justiça (cf. Ef 6, 14) para que, com todo o vosso coração, com toda a vossa alma e com toda a vossa fortaleza, ameis o Senhor vosso Deus (cf. Dt 6, 5) e ao próximo como a vós mesmos (cf. Mt 19,19; 22, 37, 39).


Em todas as ocasiões haveis de armar-vos com o escudo da fé, com a qual possais rebater e extinguir os incendidos golpes do inimigo (cf. Hb 11,6), Ponde sobre vossa cabeça o capacete da salvação (cf. Ef. 6, 17) para que só do Salvador, que salva o seu povo de todos os pecados, espereis salvação (cf. Mt 1, 21). A espada, porém, do espírito, que é a palavra de Deus (cf. Ef 6,17), esteja sempre abundantemente ( cf. Cl 3,16) em vossa boca e em vossos corações (cf. Rm 10,8), e tudo quanto fizerdes, fazei-o em nome do Senhor (cf. Cl 3,17; 1Cor 10,31).


Recomenda o Apóstolo o silêncio quando nele mesmo manda trabalhar (cf. 2Ts 3,12), assim como o Profeta testifica que o culto da justiça é o silêncio (cf. Is 32,17), e noutro lugar: "No silêncio e na esperança estará a vossa fortaleza" (cf. Is 30, 15), pois está escrito e ensina a experiência: "No muito falar não faltará pecado" (cf. Pr 10,19). E: "Quem é inconsiderado em suas palavras experimentará danos" (cf. Pr 13,2). E também: "Aquele que fala muito ofende a sua alma" (cf. Eclo 20,8). E o Senhor diz no Evangelho: "De toda palavra ociosa que os homens disseram darão conta no dia do Juízo" (Mt 12,36).


Faça, pois, cada um de vós uma balança para as suas palavras, e freios retos para a sua boca, a fim de não pecar e cair pela sua língua, de sorte que seja incurável e mortal a sua queda (cf. Eclo 28,29e 30); guarde com o Profeta os seus caminhos para que não peque com a sua língua (cf. Sl 38,2), e procure com diligência e cautela guardar o silêncio, no qual está todo o culto da justiça (cf. Is 32,17).


Santo Alberto de Jerusalém, rogai por nós!




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