São Deodato I
Atualizado: 8 de nov. de 2023
O santo de hoje, papa Deodato I, ou Deusdedit, surge dos séculos obscuros da primeira Idade Média, com poucas evidências. Escassas notícias históricas: filho do subdiácono romano Estevão, foi por quarenta anos padre em Roma antes de suceder ao papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Morreu em novembro de 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração durante as grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de pontificado: o terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horrível epidemia denominada elefantíase.
Foi o primeiro papa que estabeleceu com testamento doações para distribuir ao povo por ocasião da morte do sumo pontífice. Em Roma o papa era não somente o bispo e o pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, papa e imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.
O papa Deodato mostrou-se, todavia, hábil mediador com o outro único, que a bem da verdade era pouco solícito para o bem dos italianos, salvo uma vez, que enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima referidas, teve um contato, se bem que indireto, com o imperador. O cardeal Barônio insere no Mar-tirológio Romano um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava o pontífice “dado por Deus” (conforme a etimologia do seu nome) para guiar os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma de suas frequentes visitas aos doentes, os mais abandonados, os que eram atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.
O Liber Pontificalis, recordando dois atos do seu pontificado, afirma que Deodato amou muito o seu clero e que o defendeu em relação ao clero monástico ou regular, privilegiado desde que Gregório Magno confiara aos monges importantes tarefas no apostolado missionário e na própria organização eclesial. O segundo ato se refere à faculdade de rezar uma segunda missa (binação).
MARTIROLÓGIO ROMANO
08/11
1. Comemoração dos santos Simproniano, Cláudio, Nicóstrato, Castório e Simplício, mártires, que, segundo a tradição, eram marmoristas em Sírmium, na Panónia, hoje Sremska Mitrovica, na Sérvia, e porque se recusaram, em nome de Jesus Cristo, a esculpir a imagem de Esculápio, foram lançados ao rio por ordem do imperador Diocleciano e coroados por Deus com a graça do martírio. Desde tempos remotos foi venerada a sua memória na basílica do monte Célio, sob o título dos Quatro Coroados.
(† 306)
2. Na região de Tours, da Gália Lionense, na atual França, São Claro, presbítero, que foi discípulo de São Martinho e, junto do mosteiro do bispo, construiu uma moradia, onde congregou muitos irmãos.
(† c. 396)
3. Em Roma, junto de São Pedro, São Deusdado I (Deodato I), papa, que amou o seu clero e o seu povo com admirável simplicidade e sabedoria.
(† 618)
4. Em Bremen, na Saxónia, atualmente na Alemanha, São Vileado, bispo, natural da Nortúmbria e amigo de Alcuíno, que propagou o Evangelho depois de São Bonifácio na Frísia e na Saxónia e, ordenado bispo, constituiu a sede de Bremen e governou-a com sabedoria.
(† 789)
5. Em Soissons, na França, o sepultamento de São Godofredo, bispo de Amiens, que, educado desde os cinco anos na vida monástica, sofreu muito na conciliação dos conflitos entre os senhores e o povo da cidade, assim como na reforma dos costumes do clero e do povo.
(† 1115)
6*. Em Colónia, na Lotaríngia, atualmente na Alemanha, o Beato João Duns Escoto, presbítero da Ordem dos Menores, que, oriundo da Escócia, ensinou as disciplinas filosóficas em Cambridge, Oxford, Paris e finalmente em Colónia, como mestre insigne, de engenho subtil e admirável fervor.
(† 1308)
7*. Em Ostra Vétere, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, a Beata Maria Crucificada (Isabel Maria Satéllico), abadessa da Ordem das Clarissas, eminente na meditação do mistério da Cruz e enriquecida com carismas místicos.
(† 1745)
8. Em Nam Dinh, cidade do Tonquim, atualmente no Vietnam, os santos mártires José Nguyen Dinh Nghi, Paulo Nguyen Ngân, Martinho Ta Due Thinh, presbíteros, Martinho Tho e João Baptista Con, agricultores, que, no tempo do imperador Thieu Tri, foram degolados por causa da sua fé cristã.
(† 1840)
SANTA ELISABETE DA TRINDADE, religiosa francesa da “Ordem das Carmelitas Descalças”, mística falecida em odor de santidade nos primeiros anos do século XX, que foi elevada às honras dos altares pelo papa Francisco em 2016...
Sem sombra de dúvidas, o Carmelo é como um jardim no coração da Igreja, arado ainda nos tempos dos profetas e cultivado pela Santíssima Virgem Maria no decorrer dos séculos cristãos! E dizemos isto tanto pela vida de santidade que se aspira em seus claustros, quanto pela santidade dos seus membros que foram oficialmente canonizados, alguns dentre os mais aclamados Santos de todos os tempos, como, por exemplo, Teresa de Ávila (+1582), João da Cruz (+1591), Maria Madalena de Pazzi (+1607) e Teresa do Menino Jesus (+1897)... Como num jardim, portanto, algumas flores se abrem por um curtíssimo espaço de tempo para logo murcharem e morrerem, diversos santos carmelitas passaram por este mundo muito rapidamente, como a própria Teresa do Menino Jesus, que faleceu na flor da idade, quando contava somente seus 24 anos. Muitos diriam que ela morreu precocemente, e que “não aproveitou nada da vida”. A verdade, no entanto, é bastante outra, pois apesar dos poucos anos vividos, Teresa, assim como todos os demais “Santos” da Igreja, deixaram este mundo maduros, como se fossem “anciões na fé”, que tem a nos ensinar mais do que possamos imaginar... A exemplo dela, que foi como uma rosa que não murchou sem antes espalhar seu perfume, a santa que hoje veneramos, há pouco canonizada, viveu intensamente sua vocação, alcançando apressada e decididamente a “vida perfeita e plena”, em Deus...
ÉLISABETH CATEZ ROLLAND, como se chamou em seu nascimento, veio à luz deste mundo no dia 18 de julho de 1880, na comuna de Farges-em-Septaine, no departamento de Cher, coração geográfico da França. Apesar de ter sido condenada à morte ainda no ventre da mãe, tendo em vista que os médicos da época alegaram que ela não sobreviveria ao parto, Elisabete – como a chamaremos doravante – nasceu com boa saúde, contrariando todas as más expectativas. Seu pai, José Catez, era capitão do exército francês, e por isso pôde oferecer uma infância tranquila às cinco filhas e à esposa, bem como alguns privilégios de que os mais pobres não podiam gozar, como a oportunidade de estudar, por exemplo...
De sua personalidade, Elisabete era muito esperta e colérica desde criancinha, muito “faladeira”, um “puro diabo”, como disse certa vez sua mãe, Marie Rolland. Não estamos exagerando: ela era tão irrequieta que seus familiares chegaram a pensar em interná-la num colégio rígido para que aprendesse boas maneiras. Foi sua mãe quem evitou que isto acontecesse, e, aos poucos – e com a “paciência de Jó” –, ela conseguiu domar, com ternura, o caráter furioso da menina, às vezes colocando-a de castigo, obrigando-a a “meditar” sobre as conseqüências de seus próprios atos... Marie Rolland era uma mãe de fato, que amava seus rebentos e agia sempre como as circunstâncias exigiam, às vezes com doçura extrema, às vezes com rigidez – se vivesse hoje certamente seria criticada, acusada de “intimidar” e de “maltratar” a filha... Enfim...
A felicidade da família Catez sofreu um duríssimo golpe no ano de 1887, pois com uma diferença de somente oito meses faleceram seus dois patriarcas: o avô materno de Elisabete, que lhe era especialmente querido, e seu pai, morto prematuramente de complicações cardíacas quando ela contava somente seus sete anos de idade. Ambas as perdas causaram uma profunda comoção na menina, que se tornou silenciosa e contemplativa... A mãe, no intuito de distrair e de tentar preencher o vazio no coração da filha, matriculou-a nas aulas de piano do “Conservatório de Música de Dijon”, no departamento de Côte-d’Or, na Borgonha, para onde a família havia se mudado há algum tempo. Elisabete se apaixonou rapidamente pelo piano, e logo demonstrou grande habilidade no manuseio das teclas. Não demorou muito, inclusive, seu nome passou a circular nos jornais locais da época, enaltecendo seu grande talento. Digno de nota, já no ano de 1893 ela conquistou do Conservatório seu primeiro prêmio como pianista amadora...
Antes de completar os onze anos de idade, em abril de 1891, Elisabete fez sua primeira comunhão, ocasião em que, muito emocionada, confidenciou a uma de suas irmãs: “Agora já não sinto mais fome; Jesus me alimentou”... Ainda trajada com seu vestido branco, ela visitou na tarde daquele mesmo dia a madre priora do Carmelo de Dijon, que lhe falou sobre o significado de seu nome em hebraico: “Elisheba”, que quer dizer “casa de Deus”... Elisabete já não se continha em si de tanta alegria, e ao ouvir aquilo se sentiu profundamente enternecida, e seu êxtase se tornou visível, pois há apenas poucas horas Deus, de fato, havia feito de seu coração sua morada. Daquele dia em diante, ela se viu compelida a tornar-se uma autêntica “casa de Deus”, sempre limpa, bem arrumada e arejada...
Algum tempo se passou. Quando completou os 14 anos de idade, Elisabete sentiu arder no peito o chamado para a vida religiosa consagrada, e se decidiu pelo Carmelo Descalço, por aquele mosteiro de Dijon, que não distava mais que 200 metros da casa de sua mãe. No intuito de amadurecer a vocação e a fim de que aprendesse cada vez mais a domar seus impulsos, Elisabete deliberou não revelar a ninguém o que sentia, nem qual era seu projeto de vida; como a Virgem Santíssima, ela decidiu guardar por alguns anos no silêncio do coração as disposições de Deus, o caminho de santidade que Ele lhe apontava...
Quando Elisabete completou os 18 anos, sua mãe pretendeu casá-la com um jovem à altura de suas virtudes. Naquela época, ela havia se convertido numa moça extremamente talentosa, de comportamento irrepreensível, de aspecto muitíssimo agradável, de olhos vivos e muito brilhantes, de porte elegante e nobre – as fotografias que temos dela não nos deixam mentir. Foi quando ela decidiu declarar que não poderia dispor-se a outros esponsais senão os com o Cristo, a quem já havia jurado sua virgindade. E mais: ela revelou à mãe a decisão de tornar-se carmelita descalça, ou seja, “trancar-se” para sempre atrás das grades do mosteiro, até o fim de seus dias. A notícia atingiu o coração da senhora Marie com a suavidade de uma bala de canhão, causando-lhe um profundo desgosto. No entanto, pensando que, talvez, com o tempo a filha pudesse mudar de opinião, a mãe condicionou sua permissão e bênção a um tempo de espera: Elisabete devia concentrar-se em seus estudos até completar a maioridade. A jovem aceitou, mesmo porque, a despeito da mãe ter pensado que o tempo demoraria muito a passar, para ela três anos passariam rápido, ainda mais se se dedicasse às leituras espirituais, à música e às orações, sem distrair-se com festas ou galanteios dos rapazes. Com efeito, o tempo passou muito depressa, e Elisabete completou os 21 anos de idade. No momento oportuno ela procurou, portanto, a mãe, e pediu a permissão e a bênção para deixar para sempre sua casa. Desta vez, Marie não teve argumento contra os propósitos da filha e se viu obrigada a abençoá-la, sob risco de ficar desmoralizada perante ela...
O dia 02 de agosto de 1901, data de seu ingresso no Carmelo de Dijon, tornou-se para Elisabete uma data decisiva, pois marcou seu pleno abandono, como uma criancinha, nos braços de Jesus. Ao fazer-se carmelita, enquanto pessoalmente gostaria de se chamar “Elisabete de Jesus”, foi-lhe imposto o nome de “Elisabete da Santíssima Trindade”, daquele mistério insondável e envolvente da fé cristã, pelo qual ela se sentia intensamente seduzida: “Gosto tanto do mistério da Santíssima Trindade! É um abismo no qual me perco. Deus em mim, eu n´Ele. É o grande sonho da minha vida! Para uma carmelita, viver é estar em comunhão com Deus desde a manhã até à noite, e desde a noite até de manhã. Se Deus não enchesse as nossas celas e os nossos claustros, oh!, como tudo seria vazio ! Mas é Ele que enche toda a nossa vida fazendo dela um céu antecipado”...
Mas o caminho de Jesus é um caminho doloroso, de amarguras e de sofrimentos, de desafios constantes, pois é o “caminho do Calvário”, que conduz à plena participação dos mistérios da salvação da humanidade. Por conseguinte, depois de quatro meses de total gozo no período de seu postulantado, Elisabete se viu profundamente amargurada, com uma secura espiritual incontrolável, sobre a qual somente sabiam suas superioras. Ela suportou pacientemente os meses seguintes, bem como todo o ano de 1902, com plena confiança de que seu Noivo a esperava no final do “deserto escuro”, para saciar sua terrível sede e para iluminar com sua própria luz sua alma... “Eu não posso dizer que amo o sofrimento em si mesmo, mas o amo porque ele me faz conforme Àquele que é meu Esposo e meu Amor”, ela escreveu em seu diário espiritual... Ah, sofrimento... Esta passou a ser uma palavra corrente nas meditações de irmã Elisabete da Trindade, mesmo depois da festa da Epifania do ano de 1903, ou seja, do dia 11 de janeiro, quando ela professou perpetuamente os votos da pobreza, da castidade e da obediência, e toda amargura do passado converteu-se em luz e paz...
Deveras, não muito tempo depois, a jovem professa carmelita se viu doente, acometida pela “doença de Addison”, que ataca particularmente o aparelho renal, ocasionando astenia (ou seja, fraqueza física extrema), perda de peso por incapacidade de alimentar-se e hipotensão postural, quer dizer, a queda abrupta da pressão arterial pelo simples fato de a pessoa se colocar de pé ou alongar-se, além de uma série de outras complicações derivadas da produção insuficiente de hormônios esteroides pelas glândulas suprarrenais, como náuseas, vômitos, dores de cabeça, insônia e ulcerações internas. Como se não fosse suficiente, irmã Elisabete sofreu também de problemas decorrentes da tuberculose, em seu tempo uma doença incurável...
A jovem monja, porém, reduzida a um “esqueleto vivo”, compreendendo o amor de Cristo por ela, vendo-se unida a Ele em sua dor, suportou com heroica virtude todas as penas impostas pelas doenças, encontrando nas “Cartas Paulinas” grande consolação, decidida a fazer de sua morte “louvor e glória” para Deus... Assim, no limiar de seu trânsito para a beatitude celestial, ela registrou: “No declinar da vida só resta o amor... À luz da eternidade, a alma vê as coisas na sua verdadeira imagem: oh, como tudo é inútil, o que não foi feito por Deus e com Deus! Peço-vos: marcai tudo com o selo do amor! Só isso resta”...
Dois dias antes de seu falecimento, como que prenunciando tudo, Elisabete confidenciou ao seu médico: “é provável que dentro de dois dias esteja no seio da Santíssima Trindade. É a Virgem Maria, aquele ser tão luminoso, tão puro, com a pureza do mesmo Deus, quem me levará pela mão e me introduzirá no céu tão deslumbrante”... Ela estava certa: depois de padecer uma dolorosíssima crise de asfixia, faleceu na madrugada do dia 09 de novembro de 1906, com apenas 26 anos de idade, cinco deles vividos no Carmelo de Dijon, onde encontrou seu “céu antecipado”...
A morte prematura de irmã Elisabete provocou uma profunda comoção geral, tanto nos mosteiros carmelitas de todo o mundo quanto nos cristãos leigos, que logo ficaram conhecendo sua vida virtuosa. Além do mais, muito rapidamente seus escritos começaram a circular de mão em mão, dentro e fora dos conventos, suas meditações, suas cartas, seus conselhos e sentenças, aumentando ainda mais sua “fama de santidade”... Logo começaram a circular também notícias de graças e de milagres alcançados pela intercessão dela, tanto em favor de pessoas com as quais ela havia convivido quanto em favor de desconhecidos, de pessoas que só tinham ouvido dizer seu nome... A fama dos milagres de Elisabete suscitou a abertura do processo de sua beatificação, que culminou no reconhecimento oficial da heroicidade de suas virtudes...
Beatificada no dia 25 de novembro de 1984, sob o papa São João Paulo II, Elisabete da Trindade foi canonizada pelo papa Francisco no dia 16 de outubro de 2016, na Praça de São Pedro, na mesma cerimônia em que outros cinco Beatos também foram elevados às honras dos altares como “Santos”, dentre os quais o adolescente mexicano José Sanchez del Río, assassinado em Sahuayo, em 1928, com apenas 14 anos de idade – sua memória litúrgica nós a celebramos no dia 10 de fevereiro...
Especialmente neste dia de sua festa litúrgica, suplicamos de Santa Elisabete sua intercessão de junto de Cristo, pois como ela mesma registrou em seu diário: “Parece-me que no Céu a minha missão será atrair as almas, ajudando-as a sair de si para unirem-se a Deus por um movimento bem simples e amoroso, e a guardá-las nesse grande silêncio interior que permite a Deus imprimir-se nelas transformando-as em Si”...
OREMOS (do “Próprio dos Santos” da Ordem Carmelita): “Senhor nosso Deus, rico em misericórdia, que revelastes a Santa Elisabete da Trindade o mistério da vossa presença secreta na alma do justo e fizestes dela uma adoradora em espírito e verdade, concedei-nos, por sua intercessão, que, permanecendo no amor de Cristo, sejamos convertidos em templos do Espírito de Amor para louvor da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Amém”.
PS: A festa litúrgica em honra de Santa Elisabete da Trindade ocorre anualmente, segundo o calendário hagiográfico geral, no dia 09 de novembro, o dia em que ela nasceu para a glória do céu. No entanto, como naquele dia – amanhã – a celebração de maior destaque é a da “Dedicação da Basílica de São João do Latrão”, a Ordem Carmelita a celebra no dia anterior, hoje, dia 08. Naturalmente, é o conselho que damos àqueles que nutrem particular devoção pela jovem santa, a fim de que possam gozar das indulgências espirituais tanto de uma festa quanto da outra...
ANEXO:
Música “Trindade que eu Adoro”, cuja letra foi escrita por Santa Elisabete da Trindade – Música: Irmã Kelly Patrícia (CD “Melhores Momentos” – faixa 10):
Meu Deus, Trindade Santa,/ Que adoro em minh'alma,/ ajudai-me a esquercer-me / E fixai-me em Vós,/ imóvel e pacífica,/ Como se já estivesse em Vós na eternidade, em adoração...
Que nada possa vir tirar a minha paz,/ Nem me fazer sair de Vós, oh meu Imutável,/ Mas que a cada instante me faça penetrar mais na profundidade de vosso mistério!
Que alegria, meus irmãos:/ Céu na terra encontrei!/ O céu é Deus e na minha'alma Ele está! (Bis)
Pacificai a minh'alma, fazei dela vosso céu,/ Aí o vosso repouso./ Assim, jamais Vos deixe, mas que eu esteja toda desperta em minha fé, toda em adoração, em vossas mãos!
Oh Cristo, meu Amado, vinde viver em mim para minha vida ser da vossa irradiação./ Quisera ser esposa, ao vosso coração, cobrir-vos de amor e de amor morrer!
Que alegria, meus irmãos:/ Céu na terra encontrei!/ O céu é Deus e na minha'alma Ele está! (Bis)
Meu Três, meu Deus, meu Tudo, minha Felicidade, Infinita solidão, onde eu me perco,/ Entrego-me a Vós! Ocultai-vos Vós em mim, e que eu me oculte em Vós, até o fim...
Ser um louvor de glória de vossas perfeições:/ eis a minha
vocação, já começa aqui,/ o que farei para sempre na eterna mansão:/ cantar em minha vida vossos louvores!
Que alegria, meus irmãos:/ Céu na terra encontrei!/ O céu é Deus e na minha'alma Ele está! (Bis)
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