São Dionísio (Dênis) de Paris e companheiros
São Dênis ou São Dionísio
Protetor contra a dor de cabeça, padroeiro de Paris e da França.
São Dênis é conhecido também como São Dênis de Paris e São Dionísio. Durante muito tempo ele foi venerado como sendo padroeiro único da França. Isso durou até que aparecesse Santa Joana D’Arc. Então, os dois passaram a ser os padroeiros daquele país.
Origens
Italiano de nascimento, tornou-se cristão fervoroso ainda na Itália. Cheio do Espírito Santo, tinha grande zelo missionário e desejava anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo a terras distantes. Por isso, foi enviado a anunciar o Evangelho na antiga região chamada Gália, hoje França, quando era ainda jovem. Quem o enviou foi o Papa Fabiano, no ano 250.
Entre gauleses e romanos
A França era, então, dominada pelos romanos. Os gauleses, nativos, seguiam suas tradições exotéricas e os romanos, seus próprios deuses. No meio destas forças contrárias viveu São Dênis. Homem de oração e grande pregador, anunciava o Evangelho de Cristo com destemor e o Espírito Santo confirmava sua missão com milagres e prodígios.
Primeira comunidade cristã da França
A eficácia de sua missão levou-o a fundar a primeira comunidade cristã da França. Ali, trouxe muitos para Jesus Cristo, batizando e formando discípulos, como fazia São Paulo nas comunidades que fundava. Depois de um tempo, foi eleito o primeiro bispo da comunidade, plantando a poderosa semente do Reino dos Céus entre os gauleses. Após alguns anos, a comunidade cresceu e ele formou sacerdotes e diáconos que o ajudavam na missão. Entre esses, destacam-se o diácono Eleutério e o sacerdote Rústicus.
Perseguição
O sucesso de sua missão, porém, começou a incomodar os magos gauleses e os romanos fiéis ao imperador Valeriano, que perseguia duramente os cristãos. Os gauleses acusaram-no de bruxaria e práticas maléficas e os romanos prenderam-no porque São Dênis não reconhecia o imperador como um Deus. Forçado a negar a fé em Jesus Cristo, São Dênis preferiu a morte. Seus discípulos Eleutério e Rústicus acompanharam-no professando a fé cristã diante das autoridades locais.
Morte
Por não renegar Jesus Cristo, São Dênis e os dois discípulos foram levados para o alto de uma colina onde foram martirizados. Por causa do fato que marcou a cidade, esta colina passou a ser chamada de “Colina do Mártir”, em francês, Montmartre.
Milagre
Após São Dênis ser decapitado, um fato surpreendeu a todos. O corpo do decapitado pegou sua cabeça e caminhou segurando-a por muitos metros até cair. Este fato converteu muitos à fé cristã. Por isso São Dênis é representado em imagens segurando a própria cabeça. No local onde ele caiu, os cristãos entenderam que deveriam sepultá-lo. E assim foi feito. A sepultura de São Dênis tornou-se local de peregrinação e mais conversões aconteceram. Mais tarde, foi erguida ali uma igreja e, mais tarde, a famosa Abadia de Saint-Denis, onde os reis da França viriam a ser sepultados, provando, mais uma vez, que o sangue dos mártires é semente de novos cristãos.
Oração a São Dênis
“Ó Deus, que destes neste dia ao bem-aventurado São Dênis, vosso bispo e mártir, a coragem e constância para afrontar o martírio e lhe associastes São Rústico e Santo Eleutério para anunciar a vossa glória às nações, dai-nos a graça de desprezar, a seu exemplo e por vosso amor, os favores do mundo e não temer os seus revezes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”
São Dionísio, rogai por nós!
MARTIROLÓGIO ROMANO
09/10
1. São Dinis (Dênis, ou Dionísio), bispo, e companheiros, mártires. Segundo a tradição, São Dinis, enviado pelo Pontífice Romano à Gália, foi o primeiro bispo de Paris e, juntamente com o presbítero Rústico e o diácono Eleutério, sofreu o martírio nos arredores desta cidade.
(† s. III)
2. São João Leonardo, presbítero, que, em Luca, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, deixou a profissão de farmacêutico para se tornar sacerdote e, com a finalidade de promover o ensino da doutrina cristã às crianças, restaurar a vida apostólica do clero e propagar em toda a parte a fé cristã, fundou a Ordem dos Clérigos Regrantes, mais tarde designada da Mãe de Deus, tendo sofrido por isso muitas tribulações. Também deu início ao Colégio de Propaganda Fídei em Roma, onde, esgotado pelo peso de tantos trabalhos, descansou piedosamente no Senhor.
(† 1609)
3. Comemoração de Santo Abraão, patriarca e pai de todos os crentes, que, chamado por Deus, saiu da sua pátria, a cidade de Ur dos Caldeus, e se pôs a caminho da terra prometida por Deus a ele e à sua descendência. Manifestou toda a sua fé em Deus, esperando contra toda a esperança, quando não recusou oferecer em sacrifício o seu único filho Isaac, que o Senhor lhe tinha dado, quando ele já era velho e estéril a sua esposa Sara.
4. Em Laodiceia, hoje Litaquia, na Síria, a paixão dos santos Diodoro, Diomedes e Dídimo.
(† data inc.)
5. Em Fidenza, na província de Parma, junto à Via Cláudia, na Itália, São Donino, mártir.
(† s. IV in.)
6. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, a comemoração de Santa Públia, que, depois da morte do esposo, entrou num mosteiro e, à passagem do imperador Juliano o Apóstata, cantando com as suas companheiras virgens as palavras do salmo «Os ídolos dos gentios são ouro e prata» e «Sejam como eles os que os fazem», por ordem do imperador foi esbofeteada e asperamente repreendida.
(† c. s. IV)
7*. No território de Bigorre, nas encostas dos montes Pireneus, na hodierna França, São Sabino, eremita, que ilustrou a vida monástica na Aquitânia.
(† s. V)
8*. Em Città di Castello, na Úmbria, região da Itália, São Donino, eremita.
(† 610)
9. No território do Hainaut, na Austrásia, na atual França, São Gisleno, que viveu como monge numa cela por ele mesmo construída.
(† c. 681-685)
10. No mosteiro de Montecassino, no Lácio, região da Itália, São Deusdédit ou Deusdado, abade, que foi recluído no cárcere pelo tirano Sicardo, onde, consumido pela fome e pelos tormentos, entregou o seu espírito a Deus.
(† 834)
11*. No mosteiro de Brevnov, na Boémia, na Chéquia, o sepultamento de São Guntero, eremita, que, abandonando os bens da terra, abraçou a vida monástica e depois se retirou para a solidão dos bosques situados entre a Baviera e a Boémia, onde viveu e morreu separado dos homens e intensamente unido a Deus.
(† 1045)
12*. No mosteiro de Montsalvy, na França, São Bernardo de Rodez, abade dos Cónegos Regrantes deste cenóbio.
(† 1110)
13. Em Valência, na Espanha, São Luís Beltrão, presbítero da Ordem dos Pregadores, que na América do Sul pregou o Evangelho de Cristo a vários povos indígenas e os defendeu dos opressores.
(† 1581)
14. Em Birmigham, na Inglaterra, São João Henrique Newman, presbítero anglicano, que pelos seus estudos da história da fé reconheceu que as raízes do cristianismo estão na Igreja Católica, à qual, depois da sua conversão, serviu como presbítero e posteriormente como Cardeal.
(† 1890)
15*. Em Turon, localidade das Astúrias, região da Espanha, os santos mártires Inocêncio da Imaculada (Manuel Canoura Arnau), presbítero da Congregação da Paixão, e oito companheiros[1], da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que, durante a revolução, em ódio à fé foram assassinados sem prévio julgamento e assim alcançaram a vitória suprema.
[1] São estes os seus nomes: Cirilo Beltrão (José Sanz Tejidor), Marciano José (Filomeno López López), Vitoriano Pio (Cláudio Barnabé Cano), Julião Alfredo (Vilfrido Fernández Zapico), Benjamim Julião (Vicente Alonso Andrés), Augusto André (Romão Martín Fernández), Bento de Jesus (Heitor Valdivieso Sáez) e Aniceto Adolfo (Manuel Seco Gutiérrez).
(† 1934)