top of page
Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

São Dâmaso


Origens


Sabe-se que Dâmaso nasceu na cidade de Guimarães, em Portugal e que teve uma irmã também canonizada: Santa Irene. Possuía cultura elevadíssima, instrução primorosa, era poeta, arquivista e amava a arqueologia. Esses seus dotes foram de grande importância para o futuro da Igreja. Não se sabe muito sobre sua trajetória até chegar a ser eleito Papa. Sabe-se, porém, que ele deixou um legado que assegurou na Igreja a fidelidade aos textos sagrados e a conservação dos originais pela pureza da fé.


Organizador da Doutrina


São Dâmaso foi o primeiro Papa a ordenar que se organizasse os arquivos da Igreja. Em seu ministério, procurou acuradamente conservar versões fiéis, originais e autênticas dos escritos dos pri­meiros Padres. Inclusive, ordenou a destruição de versões apócrifas e deturpa­das dessas obras, para que, nos tempos futuros elas não fos­sem usadas e manipuladas por hereges.


Única versão oficial da Bíblia


Com a mesma intenção de conservar a santa Doutrina, São Dâmaso percebeu que a Igreja precisava de uma única ver­são oficial das Sagradas escrituras. Por isso, incumbiu seu secretário, o extraordinário poliglota São Je­rônimo, de trabalhar numa tradução la­tina da Bíblia, usando como fonte os textos originais gregos ou hebraicos. Foi desse trabalho gigantesco de São Jerônimo que nasceu a famosa Bíblia em Latim conhecida como Vulgata. Esta assegurou aos católicos a certeza do acesso o mais direto possível aos textos sagrados originais durante vários séculos. Somente séculos mais tarde, surgiram outras versões.


Resgatando a História da Igreja


São Dâmaso ordenou que se fizessem esca­vações de estudo e obras para a conservação das catacumbas de Roma. Estas, tinham sido abandonadas desde que o imperador Constantino concedera liberdade à Igreja, no ano 312. São Dâmaso, pessoalmente, estudou e escreveu os epitáfios dos inúmeros mártires que iam sen­do descobertos nos corredores subter­râneos de Roma. Tais epitáfios foram escritos em forma de poesia.


Pontificado fecundo


O pontificado de São Dâmaso durou dezoito anos e foi um dos mais fecundos dos primórdios da Igreja. Ele deu grande apoio a Santo Atanásio na luta contra a heresia conhecida como arianismo. Combateu fortemente tanto esta heresia quanto outras diversas de sua época. Foi um dos primeiros Papas que definiu a autoridade do Papa sobre toda a Igreja como sendo uma au­toridade que lhe é dada diretamente por Jesus Cristo, e não através de delegação advinda dos bispos ou concílios. Sua influência era tanta que, por causa dele, retiraram a estátua da deusa Vitória do Senado Romano visando eliminar vestígios dos cultos pagãos oficiais.


Oração a São Dâmaso


“Senhor, por intercessão de São Dâmaso, concedei-me fidelidade aos Vossos ensinamentos. Livrai-me, Pai de Bondade, da preguiça espiritual e dai-me consciência de que, quanto mais eu Vos buscar em oração, maiores serão as bênçãos em minha vida. Amém.”



MARTIROLÓGIO ROMANO

11/12


1. São Dâmaso I, papa, que, em tempos muito difíceis, reuniu numerosos sínodos para defender a fé de Niceia contra os cismas e as heresias, estimulou São Jerónimo para traduzir em latim os livros sagrados e honrou piedosamente os sepulcros dos mártires, adornando-os com suas inscrições em verso.

(† 384)


2. No território de Amiens, na Gália Bélgica, atualmente na França, os santos Vitorico e Fusciano, mártires.

(† c. s. III)


3. Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, São Sabino, bispo, que converteu multidões à fé em Cristo, fundou mosteiros de virgens e defendeu energicamente a verdade nicena.

(† c. s. IV)


4. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Daniel Estilita, presbítero, que, depois de viver no cenóbio e suportar muitos trabalhos, seguindo o exemplo de vida de São Simeão permaneceu no alto de uma coluna até à morte, durante trinta e três anos e três meses, imperturbável ao frio, ao calor ou aos ventos.

(† 493)


5*. No mosteiro de Himmerod, perto de Tréveris, na Alemanha, o Beato David, monge, que, sendo débil de corpo, foi recebido em Claraval por São Bernardo, que depois o enviou com outros irmãos à Alemanha para fundar um novo mosteiro e aí se entregou dia e noite à oração e às boas obras.

(† 1179)


6*. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Franco Líppi, eremita da Ordem dos Carmelitas, insigne pela grande austeridade da sua vida.

(† 1292)


7*. No território de Camerino, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Hugolino Magalótti, eremita, da Ordem Terceira de São Francisco.

(† 1373)


8 *. Em Sant’Ângelo in Vado, também no Piceno da Itália, o Beato Jerónimo (Jerónimo Ranuzzi), presbítero da Ordem dos Servitas de Maria, que na solidão e no silêncio alcançou a sabedoria da santidade.

(† c. 1468)


9 *. Em Nagasáki, no Japão, os beatos Martinho Lumbreras Peralta e Melchior Sánchez Pérez, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho e mártires, os quais, logo que chegaram a esta cidade, foram aprisionados, lançados numa cela obscura e finalmente queimados vivos.

(† 1632)


10*. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Artur Bell, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, no reinado de Carlos I, só pelo facto de ser sacerdote, foi condenado à pena capital e sofreu o patíbulo de Tyburn.

(† 1643)


11 *. Em El Saler, localidade próxima de Valência, na Espanha, a Beata Maria do Pilar Villalonga Vilallba, virgem e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o seu martírio seguiu os passos de Cristo.

(† 1936)


12♦. Em Goradze, na Bósna-Herzegovina, as beatas María Julia Ivanisevic e quatro Companheiras[1], religiosas professas do Instituto das Filhas da Divina Caridade e mártires, que se empenhavam ardorosamente ao apostolado de âmbito ecuménico, pastoral e caritativo, até que, atacadas pela feroz violência de milicianos e finalmente fuziladas, deram a vida pela sua intrépida fidelidade a Cristo.

[1] São estes os seus nomes: Berchmana Leidenix, Krizina Bojanac, Antónia Fabjan e Bernadete Banja.

(† 1941)


13♦. Em La Aldehuela, localidade da região de Madrid, na Espanha, Santa Maria Maravillas Pidal y Chico de Guzmán (Maravilhas de Jesus), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças, que fundou vários mosteiros bem como centros de assistência socio-caritativa, conciliando a vida contemplativa com uma generosa caridade.

(† 1974)

142 visualizações

Comments


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page