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Sérgio Fadul - Franciscanos.org

São Frumêncio


Origens

Frumêncio viveu uma história fantástica. Os dados que nos chegaram sobre ele contam a partir de sua adolescência. No tempo do imperador Constantino, no Século IV, Frumêncio era um dos discípulos de um filósofo chamado Merópio. Como discípulo, acompanhou seu mestre numa longa viagem à Índia. Quando retornavam, o navio parou no porto de Adulis, que fica no mar Vermelho. Neste porto, a vida de Frumêncio tomou um rumo inesperado e foi completamente transformada.


Piratas da Etiópia


No porto de Adulis, a embarcação em que Frumêncio viajava foi cruelmente atacada por piratas da etiópia. Estes, roubaram o navio e assassinaram todos os passageiros e tripulantes. Todos, menos Frumêncio e Edésio, dois amigos adolescentes, discípulos de Merópio. No momento do ataque, eles estavam entretidos lendo e conversando sobre um livro, debaixo de uma árvore. Porém, apesar de sobreviverem, foram levados como escravos para a Etiópia e entregues ao rei. Este fato mudou completamente a vida de Frumêncio e Edésio.


Conquistando o rei da Etiópia


Chegando à Etiópia, os dois adolescentes foram levados ao rei. Este, conversou com eles e detectou grande sabedoria e firmeza de caráter. Ambos confessaram ser cristãos e isto foi interpretado como virtude pelo rei. Por isso, ordenou que eles ficassem no palácio. Edésio recebeu a função de copeiro e Frumêncio passou a ser um secretário direto do rei. Aos poucos, Frumêncio foi conquistando a confiança de todos na corte, principalmente da rainha. Porém, ainda assim, eram escravos.


Libertação e missão


Quando a rainha ficou viúva, seu filho menor deveria assumir o poder. Como não tinha idade, a rainha assumiu em seu lugar, como regente. Em seguida, assinou a libertação de Frumêncio e Edésio, com uma condição: que eles só partissem, quando completassem a missão de educar o príncipe herdeiro. Ambos assumiram a missão com amor, enxergando nisso a possibilidade de contribuírem para um mundo melhor.


Uma igreja no porto


Algum tempo depois, Frumêncio e Edésio conseguiram autorização da rainha para construção de uma igreja perto do porto da cidade. O objetivo era atender aos mercadores cristãos que passavam pela Etiópia. A construção dessa igreja ajudou sobremaneira na difusão da fé cristã entre o povo da Etiópia, porque aquele porto era um ponto chave no país. A maioria dos mercadores passava por ali. Muito embora esta difusão da fé tenha acontecido de forma lenta e difícil. Mas foi a partir dessa igreja, semeada por São Frumêncio, que a semente da fé cristã começou a germinar no continente africano. Enquanto isso, Frumêncio e Edésio continuavam a formação do futuro rei da Etiópia.


Os dois irmãos de fé se separam


Quando Frumêncio e Edésio completaram o tempo de educação e formação do príncipe da Etiópia, a rainha cumpriu sua promessa e os libertou. Edésio decidiu voltar para sua terra natal, que também era a de Frumêncio, a cidade de Tiro, perto de Sidônia, na antiga Fenícia, hoje Líbano. Em Tiro, Edésio se encontrou com São Rufino. Este, na época, era historiador e registrou toda a odisseia que os dois irmãos de fé, Frumêncio e Edésio, enfrentaram. Frumêncio, por sua vez, foi para a cidade de Alexandria, no Egito. Ali, mais uma vez, sua vida tomaria um novo rumo.


Bispo da Etiópia


Frumêncio foi se encontrar com o Bispo de Alexandria, Santo Atanásio, para lhe fazer um pedido muito especial: designar um bispo e vários missionários para a evangelização da Etiópia. Santo Atanásio, porém, cheio de sabedoria, indicou São Frumêncio como primeiro bispo da Etiópia. Frumêncio, sentindo aí o chamado de Deus, respondeu afirmativamente. Santo Atanásio, então, ordenou-o e consagrou-o bispo.


De volta à Etiópia


Quando voltou com alguns missionários, São Frumêncio encontrou o jovem que tinha sido seu pupilo empossado como rei da Etiópia. O jovem nutria grande estima por aquele que tinha sido tão bom e sábio mestre. Sabendo que Frumêncio se tornara bispo, o jovem rei abraçou a fé, converteu-se e pediu o batismo. Em seguida, convidou o povo de seu país a acompanhá-lo na alegria do seguimento de Jesus Cristo. Assim, a fé cristã começou a se enraizar na Etiópia.


Abba Salama


São Frumêncio começou sua missão auxiliado pelos missionários e pelo testemunho do rei, seu ex-pupilo. Por causa de sua santidade e bondade, São Frumêncio passou a ser chamado pelo povo etíope de "Abba Salama", que quer dizer "Pai da Paz". Ele dedicou toda a sua vida à evangelização da Etiópia, até sua morte em 380. São Frumêncio passou a ser chamado de "Apóstolo da Etiópia".


Oração a São Frumêncio


“Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Frumêncio, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


São Frumêncio, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

30/10


1. Em Siracusa, na Sicília, região da Itália, São Marciano, que é considerado o primeiro bispo desta cidade.

(† s. II)


2. Comemoração de São Serapião, bispo de Antioquia, célebre pela sua erudição e doutrina, que deixou grande fama de santidade.

(† c. 211)


3. Em Alexandria, no Egito, Santa Eutrópia, mártir, que, por ter recusado negar a Cristo, foi cruelmente torturada até à morte.

(† c. s. III)


4. Em Tânger, na antiga Mauritânia, atualmente em Marrocos, a paixão de São Marcelo, centurião, que, no dia do aniversário do imperador, enquanto todos ofereciam os sacrifícios, tirou o cinturão militar, as armas e a própria patente e atirou-os para diante dos ídolos, afirmando que era cristão e não podia continuar a obedecer coerentemente ao juramento militar, mas só a Jesus Cristo; por isso sofreu o martírio, sendo imediatamente decapitado.

(† 298)


5. Em Leão, na Hispânia, os santos Cláudio, Lupércio e Vitório, mártires, que, na perseguição de Diocleciano, sofreram a morte pelo nome de Cristo.

(† c.303/304)


6. Em Cuma, na Campânia, região da Itália, São Máximo, mártir.

(† c. 303)


7. Em Cápua, também na Campânia, São Germano, bispo, que é mencionado pelo papa São Gregório Magno nos seus escritos.

(† c. 540)


8. Em Potenza, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Gerardo, bispo.

(† 1122)


9*. Em Cividale del Friúli, na Venécia, hoje na Friúli-Venézia Giúlia, região da Itália, a Beata Benvinda Boiáni, virgem, das Irmãs da Penitência de São Domingos, que passou toda a sua vida entregue à oração e à austeridade.

(† 1292)


10*. Em Winchester, na Inglaterra, o Beato João Slade, mártir, que, por negar a competência da rainha Isabel I nas questões espirituais, foi enforcado e cruelmente esquartejado.

(† 1583)


11*. Em Limerick, na Irlanda, a paixão do Beato Terêncio Alberto O’Brien, bispo e mártir, da Ordem dos Pregadores, que, nomeado para a sede da Igreja de Emily, trabalhou intensamente na assistência aos afectados pela peste; mas, sob o regime de Oliver Cromwell, foi preso pelos soldados e levado ao patíbulo em ódio ao sacerdócio e à fé católica.

(† 1651)


12*. Em Ácri, na Calábria, região da Itália, o Beato Ângelo, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que percorreu incansavelmente o reino de Nápoles a pregar a palavra de Deus de modo apropriado ao povo simples.

(† 1739)


13*. Em Angers, na França, o Beato João Miguel Langevin, presbítero e mártir, degolado por ser sacerdote, o primeiro dos cerca de cem homens e mulheres que, durante a época do terror na Revolução Francesa, permaneceram unânimes e constantes na confissão da fé em Cristo até à morte.

(† 1793)


14*. Em Dolinka, perto de Karaganda, no Cazaquistão, o Beato Aleixo Zaryckyj, presbítero e mártir, que, sob um regime hostil a Deus, foi deportado para um campo de concentração e no combate da fé alcançou a vida eterna.

(† 1963)




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