São Lázaro de Betânia
São Lázaro foi discípulo e amigo pessoal de Jesus. Era irmão de duas mulheres que se tornaram conhecidas pelos Evangelhos: Marta e de Maria. Lázaro vivia com sua família no vilarejo chamado Betânia, que ficava a menos de uma hora de caminhada de Jerusalém, em Israel. Jesus, em suas andanças missionárias, anunciando o Reino de Deus, sempre ia se hospedar na casa de Lázaro. O nome Lázaro vem do grego. Em hebraico seria Eleazar, e quer dizer "Deus ajudou".
Vida de São Lazaro
Lázaro era estimado e respeitado pela comunidade hebraica, pela origem nobre, honestidade e religiosidade da família. Lázaro foi um personagem especial na Bíblia, pois é a única pessoa por quem Jesus chora no Novo Testamento. Lázaro foi ressuscitado por Jesus após a sua morte, a pedido de Marta, sua irmã, que foi inabalável na fé. Lázaro já estava cheirando mal. Já fazia quatro dias que estava sepultado, quando Jesus chegou para chamar-lhe à vida novamente.
Foi um dos maiores milagres de Jesus. Trata-se do último grande “sinal” realizado por Jesus, depois do qual os sumos sacerdotes reuniram o Sinédrio e decidiram matá-lo; e decidiram matar também o próprio Lázaro, que era a prova viva da divindade de Cristo, Senhor da vida e vencedor da morte.
Alguns escritos muito antigos afirmam que Lázaro e suas irmãs foram para a ilha de Chipre. Lá, ele se tornou bispo de Citio, hoje Lamaca.
Relíquias
Sua tumba original, feita de mármore, estava localizada no local onde hoje está a igreja de São Lázaro, em Lamaca. De acordo com registros históricos, suas relíquias foram levadas para Constantinopla por ordem do imperador Leão VI, o filósofo, e várias igrejas e capelas foram erigidas em sua honra na Síria. Em 1972, porém, arqueólogos encontraram achados com inscrições de que seriam os restos mortais de São Lázaro. Estes restos estavam escondidos abaixo da igreja de Lamaca. Este local, hoje, está bem preservado, debaixo da igreja. Ele é um local de peregrinação e é aberto à visitação pública.
A Basílica de São Lázaro, santo padroeiro de Lamaca, construída em 890 d.C., era um templo cristão do século V, no qual existia um sarcófago com a inscrição: "Lazaro, o amigo de Cristo". Isto reforça a tradição de que ele viveu sua "segunda vida ressuscitado", em Lamaca, na ilha de Chipre.
Devoção a São Lazaro
A devoção a São Lázaro era muito comum na Igreja antiga. São Lázaro começou a ser venerado já no início do cristianismo, como diz São Jerônimo, e as peregrinações eram feitas á sua casa, em Betânia, e ao túmulo de onde Jesus o ressuscitara.
São Lázaro teve o privilégio de ter dois túmulos, pois morreu duas vezes. Muitas vezes pensou-se que São Lázaro fosse o pobre, miserável e cheio de feridas da parábola contada por Jesus. Por isso, na Idade Média, foi tido como o padroeiro dos leprosos. Mas esta associação é errada e hoje não é mais usada. Sua festa é celebrada no dia 17 de dezembro.
MARTIROLÓGIO ROMANO
17/12
1. Em Jerusalém, São Modesto, bispo, que, depois de ter sido conquistada e devastada a Cidade Santa pelos Persas, reconstruiu os mosteiros e os encheu de monges e com muito trabalho restaurou os santuários destruídos pelo incêndio.
(† 634)
2. Em Eleuterópolis, na Palestina, a paixão dos santos cinquenta soldados[1], que, no tempo do imperador Heráclio, por causa da sua fé em Cristo foram mortos pelos Sarracenos que sitiavam Gaza.
[1] Entre os quais: os santos João, Paulo, outros cinco com o nome de João, outro Paulo, Fotino, Zitas, Eugénio, Musélio, Estêvão, Teodoro, outro Teodoro, filho do precedente, Jorge, Teopento, outros quatro com o nome de Jorge, Sérgio, outro Teodoro, Ciríaco, Zitas, Filóxeno, todos da coorte dos Citas; Teodósio, Epifânio, João, Teodoro, Sérgio, Jorge, Tomás, Estêvão, Cónon, outro Teodoro, Paulo, outros três com o nome de João, outro Jorge, Paulino, Caiumas, Abrámio, Marmises e Marino, todos da coorte dos Voluntários.
(† 638)
3*. Na Bretanha Menor, na hodierna França, São Judicael, que restabeleceu a concórdia entre os Bretões e os Francos e, abdicando da sua realeza, consta que passou o resto da sua vida no mosteiro de Méen.
(† c. 650)
4. Em Andenne, no Brabante, atualmente na Bélgica, Santa Bega, viúva, que, depois do assassinato do esposo, fundou o mosteiro da Bem-aventurada Virgem Maria sob a regra de São Columbano e São Bento.
(† 693)
5. No mosteiro de Fulda, na Austrásia, na hodierna Alemanha, Santo Estúrmio, abade, discípulo de São Bonifácio, que evangelizou a Saxónia e, por ordem do mestre, edificou este célebre mosteiro, do qual foi o primeiro abade.
(† 779)
6*. No monte Mercúrio, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Cristóvão de Collesano, monge, que se dedicou com toda a sua família à propagação da vida monástica.
(† s. X)
7. Perto de Bruxellas, no Brabante, na atual Bélgica, Santa Vivina, primeira abadessa do mosteiro de Santa Maria de Grand-Bigard.
(† 1170)
8. Em Roma, no monte Célio, São João da Mata, presbítero, de origem francesa, que fundou a Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos.
(† 1213)
9. Em Barcelona, na Espanha, São José Manyanet y Vives, presbítero, que fundou as Congregações dos Filhos e das Filhas da Sagrada Família, para ajudar todas as famílias a serem perfeitas, a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, Jesus Maria e José.
(† 1901)
10*. Em Don Benito, localidade próxima de Badajoz, na Espanha, a Beata Matilde do Sagrado Coração de Jesus (Matilde Téllez Robles), virgem, que, vendo no próximo a imagem de Cristo, se entregou com grande solicitude à assistência material e espiritual dos indigentes e fundou a Congregação das Filhas de Maria, Mãe da Igreja.
(† 1902)
11. Em Roma, junto de Santa Sabina, no Aventino, o Beato Jacinto Cormier (Henrique Cormier), presbítero, que, sendo mestre geral, governou prudentemente a Ordem dos Pregadores, fomentando os estudos de teologia e de espiritualidade.
(† 1916)
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